A organização da Volta a Itália aceitou hoje o pedido do governo italiano para alterar o percurso da 19.ª etapa, evitando passar em Mottarone, onde 14 pessoas morreram devido à queda de uma cabina de teleférico.
“Na sequência do evento trágico do último domingo que envolveu o teleférico de Mottarone, e de acordo com o Ministério italiano das Infraestruturas e Transportes, a direção da Volta a Itália, a região de Piemonte e as outras instituições envolvidas decidiram modificar o percurso da 19.ª etapa da ‘corsa rosa’”, pode ler-se num comunicado publicado no sítio oficial do Giro.
A ligação entre Abbiategrasso e Alpe di Mera, inicialmente desenhada com 176 quilómetros, terá menos 10, acrescentou ainda a organização da prova.
O ministro italiano dos Transportes, Enrico Giovannini, tinha pedido hoje a alteração o percurso da 19.ª etapa, para que o pelotão não passasse em Mottarone, onde estava instalada uma contagem de montanha de primeira categoria ao quilómetro 85 da tirada, “em respeito pelas vítimas da tragédia do teleférico”, ocorrida no domingo.
O teleférico liga em 20 minutos a localidade de Stresa, estação balnear nas margens do lago Maior, ao monte Mottarone, na região do Piemonte, no norte de Itália.
O acidente ocorreu cerca das 12:30 locais (11:30 em Lisboa) a 100 metros da estação do cume, segundo nota do Ministério das Infraestruturas e Transportes, e ter-se-á devido a um cabo que se partiu, causando a queda da cabina.
Enrico Giovannini exortou ainda a organização da Volta a Itália - que é liderada pelo colombiano Egan Bernal (INEOS) e que hoje cumpre o segundo dia de descanso da 104.ª edição – a promover “um momento de recolhimento, em memória das pessoas que perderam a vida neste trágico acidente” naquela etapa, que decorre na sexta-feira.