O secretário de estado da Juventude e do Desporto considerou hoje que o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) teve um «lapso» na crítica ao Governo pela falta de resposta a uma carta enviada há dois meses.
"Recebi essa carta e respondemos a essa carta em sucessivas reuniões que vamos tendo com a Liga. Acho até que houve, talvez, aí um lapso da parte do senhor presidente da Liga, ao dizer que não teve resposta", afirmou João Paulo Rebelo, à margem de uma visita ao pavilhão do Ginásio Clube Olhanense, em Olhão.
Na segunda-feira, o presidente da LPFP, Pedro Proença, disse à Lusa que iria convocar os clubes para "tomarem uma posição clara e objetiva em função do que tem sido a discriminação em relação” ao futebol.
O dirigente recordou a ausência de resposta por parte do Governo a uma carta enviada em 22 de março, em que reivindicava a tutela partilhada do setor pelo Ministério da Educação e da Economia, a criação de uma linha de financiamento para o setor ou os pedidos de revisão do enquadramento fiscal e da lei das apostas desportivas.
João Paulo Rebelo reforçou hoje, em declarações aos jornalistas, que o Governo já reuniu várias vezes com a entidade que gere o futebol profissional em Portugal.
"Teve resposta, volto a dizer, em várias reuniões que temos feito sempre, e particularmente depois dessa missiva que também me enviou", apontou.
Assegurando que "as respostas foram entregues sempre à Liga [de clubes]", João Paulo Rebelo ressalvou que as mesmas poderão não ter sido do agrado da instituição.
"Algumas [respostas] estarão de acordo com as suas expectativas, outras não estarão, mas isso, diria, é a vida", concluiu.