A Bwin pretende dobrar a quota de mercado até 2023 e vê no patrocínio à I Liga portuguesa de futebol uma forma de assegurar o lugar de principal operador do mercado, revelou a direção da marca.
Numa resposta por escrito a questões colocadas pela agência Lusa, os responsáveis da marca de apostas desportivas ‘online’ disseram acreditar que podem atingir o objetivo “até dezembro de 2023” e assumiram a intenção de manter uma posição de liderança no mercado.
“Para um operador como a Bwin, que será o maior operador de jogo em Portugal, não é suficiente alcançar o primeiro lugar. É fundamental mantê-lo de forma inequívoca, sempre tendo em consideração os limites de jogo responsável”, assumiram.
Nesse sentido, “o patrocínio à Liga é fundamental para conseguir o lugar de principal operador”, acrescentaram os responsáveis da marca, por ser “a competição que mais interesse desperta junto dos apostadores portugueses”.
A entrada no mercado nacional foi feita através da aquisição da Bet.pt, “um dos operadores mais relevantes em Portugal”, naquela que foi uma “opção estratégica” para entrar “desde uma posição de liderança”, que tem sido seguida também noutros países.
“A Bwin faz parte do grupo Entain”, que, tal como no mercado português, “adquiriu várias outras empresas no mercado internacional”.
“A aquisição é sempre uma opção para começar a operar nos mercados numa posição de liderança desde o primeiro dia”, explicaram os responsáveis.
O negócio foi “aprovado pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos” (SRIJ), organismo a cargo do Turismo de Portugal, e “não carece de mais nenhuma aprovação”.
“Somos um operador devidamente autorizado por parte do regulador. Existem ainda alguns trâmites legais a seguir, mas que se prendem com a plataforma em si e com melhorias que queremos fazer. Esse ponto, sim, está a ser trabalhado de forma muito próxima com o regulador, com quem temos uma excelente relação”, acrescentou a equipa de direção da casa de apostas.
Sobre eventuais negociações para estender o patrocínio também a clubes e outras modalidades desportivas, o operador admite estar “a conversar com diversos parceiros” como parte da sua intenção de “ter uma posição de liderança no mercado”, mas escusou-se a adiantar mais quaisquer informações.
“O desporto faz parte do ADN português. Sabemos que maioritariamente, em Portugal, as pessoas seguem futebol, mas as outras modalidades são extremamente importantes para nós, e também para os apostadores. Portanto, estamos a avaliar todas as possibilidades”, limitaram-se a dizer os responsáveis da marca.
Além disso, e numa fase em que a marca está "a ser construída", não há “um orçamento de marketing definido”.
“Estamos focados em analisar as melhores oportunidades. No entanto, a política da empresa é de não divulgar informações relativas a valores de contrato ou de investimento disponível”, reforçaram.
A Liga de clubes anunciou em 16 de abril que a empresa de apostas desportivas Bwin vai patrocinar a I Liga portuguesa de futebol por cinco temporadas, entre 2021/22 e 2025/26.
Em 22 de maio de 2020, a NOS anunciou a não renovação do acordo iniciado em 2014 com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), após a presente temporada, cessando o apoio como patrocinador principal e 'naming sponsor'".
Assim, a partir de julho de 2021, após o acordo entretanto anunciado, a Bwin vai ser "a nova denominação da principal competição de futebol em Portugal", adiantou o organismo que rege as competições profissionais.
"A ligação entre as duas instituições pretende contribuir para uma competição cada vez mais emotiva e próxima dos adeptos portugueses, assim como consolidar a afirmação da Liga portuguesa como uma referência em mercados internacionais", lia-se no comunicado da LPFP.