O sambista do Rio de Janeiro Nelson Sargento, considerado um ícone da cultura brasileira, morreu hoje devido a complicações associadas à covid-19, aos 96 anos, divulgou a assessoria de comunicação.
Nelson Sargento estava internado no Instituto Nacional do Câncer (Inca) do Rio de Janeiro com covid-19 desde a sexta-feira passada.
O sambista era presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba mais antiga da capital ‘carioca’ e, além de cantor e compositor, também atuou como pesquisador, artista plástico, ator e escritor.
A Mangueira divulgou uma homenagem ao sambista na rede social Twitter, frisando que “a semente plantada por ele [Nelson Sargento] rendeu frutos que estarão eternizados junto à certeza de que ‘O samba agoniza, mas não morre’ jamais.”
Ícone da cultura popular, o sambista foi um dos primeiros ‘cariocas’ vacinados contra o novo coronavírus.
Nelson Sargento recebeu a primeira dose de vacina contra a covid-19 em 31 de janeiro num ato da Prefeitura do Rio de Janeiro para marcar o início da campanha de vacinação.
Nascido em 1924, no centro do Rio de Janeiro, Nelson Mattos ganhou passou a ser chamado de Nelson Sargento depois de uma rápida passagem pelo Exército brasileiro durante a juventude.
Sargento escreveu 'Primavera', samba-enredo que também ficou conhecido como 'As quatro estações' e outras músicas que marcaram a cultura brasileira como ‘Falso amor sincero’, ‘Agoniza, mas não morre’ e ‘Encanto da paisagem’.
O Brasil totaliza 454.429 óbitos e 16.274.695 infeções pelo novo coronavírus desde que a pandemia chegou ao país, há 15 meses.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.500.321 mortos no mundo, resultantes de mais de 168,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.