A Associação dos Profissionais da Guarda pediu hoje ao Ministério da Administração Interna o pagamento dos serviços remunerados efetuados pelos militares da GNR que estiverem envolvidos na segurança da final da Liga dos Campeões de futebol em 2020.
Em comunicado, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) explica que militares da GNR da zona do Algarve e Alcochete foram requisitados em regime de serviço remunerado para efetuarem a segurança dos treinos preparatórios e das equipas envolvidas no jogo da final Liga dos Campeões de futebol, que decorreu em Lisboa em agosto de 2020.
A APG refere que o militar da GNR é pago quando é requisitado para fazer um serviço em regime remunerado, sendo assegurado por voluntários que estão fora do horário de trabalho ou em folgas, pelo que existia “a legítima expectativa de receberem o valor correspondente”.
“Decorridos cerca de 10 meses e estes profissionais não foram ressarcidos dos valores em causa, uma vez que tiveram conhecimento que o Ministério da Administração Interna tinha classificado o evento grau de ameaça três, bem como os trabalhos preparatórios e que, como tal, enquadrar-se-ia no serviço em missão geral e não seria pago”, refere a APG.
A associação mais representativa da GNR considera que estes militares “foram alvo de um uso abusivo”, uma vez que “em Portugal nenhum cidadão presta serviço gratuito sem o saber”.
Para a APG, esta situação é “um atentado à dignidade dos profissionais que estiveram envolvidos na preparação da Liga dos Campeões de futebol”, sendo “uma desconsideração absoluta das suas expectativas”.
“A APG exige o pagamento dos valores devidos, pois os profissionais não são mão-de-obra gratuita e oficiou já o ministro da Administração Interna, no sentido de dar resposta a esta situação, que é incompreensível”, indica ainda associação socioprofissional.
A final da Liga dos Campeão de futebol realizou-se, a 23 de agosto de 2020, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica.