A seleção portuguesa de futebol de sub-21 disputa na quinta-feira a quarta meia-final de uma Europeu da categoria frente à pentacampeã Espanha, após uma eliminação e duas passagens, uma delas à custa do rival ibérico.
Em 1994, a iminente ‘geração de ouro’ do futebol nacional, liderada por Nelo Vingada, arrancou a estreia em fases finais, então restrita apenas a quatro seleções, em França, com uma vitória sobre a ‘rojita’ (2-0), com golos de Rui Costa e João Vieira Pinto.
Se a Espanha conquistaria a medalha de bronze, ao derrotar a França no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares (2-1), Portugal perderia a final diante da também pentacampeã Itália no prolongamento (1-0), com um ‘golo de ouro’ de Pierluigi Orlandini.
A equipa das ‘quinas’ voltaria às meias-finais de um campeonato da Europa de sub-21 exatas duas décadas depois, aquando da terceira presença numa fase final, para sofrer novo triunfo ‘azzurrini’ (3-1), desta vez sob alçada de José Romão e em solo alemão.
Dois golos de Alberto Gilardino e outro de Gianpiero Pinzi, contra um de Pedro Oliveira, desmoronaram o ‘sonho’ dos lusos, que tiveram de se contentar com a medalha de bronze, mercê de uma vitória posterior sobre a Suécia (3-2, após prolongamento).
Portugal repetiria a presença na final em 2015, mas, já com Rui Jorge ao leme e na República Checa, somou nova desilusão perante a Suécia na ‘lotaria’ dos penáltis (3-4, após um ‘nulo’), na sequência de uma goleada à reputada Alemanha nas ‘meias’ (5-0).
Bernardo Silva, Ricardo Pereira, Ivan Cavaleiro, João Mário e Ricardo Horta expressaram a superioridade nacional sobre os germânicos, vencedores em 2009 e 2017 e finalistas derrotados na última edição, fixando a vitória lusa mais volumosa de sempre na prova.
Portugal prepara-se agora para encarar a quarta meia-final do seu currículo no Europeu de sub-21, graças ao triunfo de segunda-feira sobre a Itália (5-3, após prolongamento), num dia em que a atual campeã Espanha afastou a Croácia (2-1, após prolongamento).
Apesar dos cinco troféus (1986, 1998, 2011, 2013, 2019), que a tornam recordista, a par da Itália (1992, 1994, 1996, 2000, 2004), a ‘rojita’ soma duas vitórias e outras tantas derrotas em partidas oficiais com a equipa das ‘quinas’ no escalão de ‘esperanças’.
Além da meia-final memorável de 1994, Portugal impôs-se à Espanha no ‘play-off’ de qualificação para o Euro2002, ao responder em Faro (1-0), com assinatura de Hugo Leal, ao desaire em Jaén (2-1) e seguir em frente pelo maior número de golos fora de casa.
O último embate aconteceu há quase quatro anos e redundou em triunfo espanhol (3-1), com tentos de Saúl Ñíguez, Sandro Ramírez e Iñaki Williams, contra um de Bruma, na segunda ronda do Grupo B de um torneio que a ‘rojita’ deixou escapar para a Alemanha.
As seleções de sub-21 de Portugal e Espanha medem forças na quinta-feira, às 18:00 (17:00 em Lisboa), no Estádio Ljudski vrt, na cidade eslovena de Maribor, em jogo das meias-finais do Europeu da categoria, com arbitragem do sueco Glenn Nyberg.
O vencedor encarará Países Baixos ou Alemanha, que se defrontam três horas depois na cidade húngara de Székesfehérvár, na final, agendada para domingo, em Ljubljana.
Finalista vencido em 1994 e 2015 e ausente da edição de 2019, Portugal procura um inédito título à oitava presença na fase final de um Europeu de sub-21, que integra pela primeira vez 16 equipas e tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.