O treinador de futebol Lito Vidigal, que vai substituir Manuel Fernandes na União de Leiria, invocou hoje justa causa, por ordenados em atraso, para rescindir com o Portimonense, disse à Lusa fonte conhecedora do processo.
A informação contraria as declarações do presidente do Portimonense, Fernando Rocha, que antes tinha dito à Lusa que o clube ''não tem os salários de Lito Vidigal em atraso'', sublinhando que o técnico ''não tem qualquer base legal para fazer o que fez''.
Lito Vidigal despediu-se hoje, antes do treino da tarde, dos jogadores do Portimonense, da Liga de Honra de futebol, rumando a Lisboa para uma reunião com o presidente da União de Leiria, João Bartolomeu.
''Veio comunicar-me que ia rescindir unilateralmente o contrato e pediu-me autorização para se despedir dos jogadores'', revelou à Lusa Fernando Rocha, que se escusou a comentar a atitude do treinador no plano ético.
Fernando Rocha espera agora que o seu clube ''seja indemnizado por Lito Vidigal'', de modo a ser ''ressarcido dos prejuízos'' causados por esta inesperada rescisão unilateral a meio da época.
Lito Vidigal deve ser apresentado brevemente como treinador da União de Leiria, depois de Manuel Fernandes ter aceite uma proposta para orientar o Vitória de Setúbal no início desta semana, deixando em aberto o comando técnico dos leirienses.
Aos 40 anos, Lito Vidigal volta a orientar uma equipa da Liga, depois da passagem pelo Estrela da Amadora em 2008/2009.
A União de Leiria é o sétimo clube no percurso do técnico, que já orientou também o Ribeirão, Pontassolense, Elvas e Portossantense.