Dois golos de Hulk, que se estreou a marcar na Liga dos Campeões de futebol, valeram hoje ao FC Porto um sofrido triunfo sobre os cipriotas do APOEL, por 2-1, que reforçou as suas pretensões de apuramento para os oitavos-de-final.
Álvaro Pereira (22 minutos) ainda assustou com um autogolo (em lance dividido com adversário), mas o brasileiro Hulk (33 e 48, de penalti) deu a volta a um desafio que os ''dragões'' terminaram com apenas 10 elementos, por expulsão directa de Mariano (74).
Face à goleada que o Chelsea impôs ao Atlético de Madrid (4-0), os ingleses lideram o Grupo D com o pleno de nove pontos, seguido dos portugueses, com seis, enquanto espanhóis e cipriotas têm apenas um.
O FC Porto cedo verificou que os cipriotas lhe iam criar dificuldades, pois defendiam com grande rigor e saíam com alguma facilidade para o contra-ataque.
O primeiro verdadeiro perigo foi criado por Hulk (14), mas o seu vistoso slalom na direita culminou com um remate frouxo e ao lado, quando tinha Falcao em posição mais central. Quatro minutos depois, Rodriguez fez uma ''bicicleta'' na área, que pecou por sair à figura.
O APOEL ainda não tinha chutado à baliza (nem o fez na primeira parte) quando Hélio Pinto aproveitou o adiantamento de Fucile para cruzar para a pequena área onde Charalambides e Álvaro Pereira atacaram a bola a meias, acabando o uruguaio por ser autor do primeiro golo da história do conjunto de Nicósia na Liga dos Campeões (0-1).
Os ''dragões'' gelaram, até porque o adversário mostrava personalidade, coesão, e revelou alguma arte a guardar a bola, embora não ''existisse'' no último terço do terreno.
Depois de Bruno Alves ameaçar de livre, rente à trave, Falcao (33) aproveitou um erro adversário e assistiu na perfeição Hulk que, em corrida, chutou de primeira para o empate, dando mais justiça ao resultado.
Novo livre de Bruno Alves (38), agora na pequena área, foi desperdiçado e só deu um canto e aos 40 Mariano, à entrada da área, chutou de primeira, mas rente ao poste direito: os campeões nacionais remataram muito, mas acertaram pouco.
A segunda parte não podia começar melhor para os portuenses, pois Elia (47) desviou a bola com o braço e fez penalti (assinalado apenas pelo árbitro auxiliar) que Hulk converteu, virando o resultado.
O FC Porto podia ter praticamente sentenciado a partida aos 52, não fosse Falcao fazer o ''impossível'': Hulk cruzou e o colombiano, já sem oposição na pequena área, falhou escandalosamente o ''encosto'' fatal.
O desafio passou a ter sentido único, porque, ao invés da desenvoltura evidenciada no primeiro tempo, o APOEL deixou de revelar capacidade para chegar à área portista.
Os cipriotas apenas subiram e surgiram mais ameaçadores já nos últimos 20 minutos, principalmente a partir da expulsão de Mariano(74), que viu cartão vermelho directo por agredir um adversário.
Mesmo assim, não chegaram a criar muitos nervos, excepto quando Mirosavljevic (87), de cabeça na zona frontal, ainda assustou, mas errou o alvo, tal como Farias (82) que quase marcava nos escassos minutos em campo.