O futebolista Diogo Queirós admitiu hoje que as derrotas nas finais de 1994 e 2015 do Europeu de sub-21 estimulam à superação da seleção portuguesa no decisivo encontro de domingo da edição de 2021, frente à Alemanha.
“Claro que é mais uma motivação para nós podermos fazer história para o nosso país. Sabemos das referências que passaram por essas finais e não atingiram um objetivo que queremos alcançar. Entraremos em campo para dignificar o nosso país o melhor possível e elevarmos Portugal ao topo”, assegurou o defesa, em videoconferência de imprensa.
Portugal, finalista vencido em 1994 e 2015, e Alemanha, vencedora em 2009 e 2017 e vice-campeã em 1982 e 2019, defrontam-se no domingo, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, numa final com arbitragem do georgiano Giorgi Kruashvili.
“Para já, foi descansar bem e recuperar do jogo passado [vitória por 1-0 à Espanha, nas meias-finais]. Vamos agora começar uma fase de preparação e falar um bocado da Alemanha. A única coisa que vi foram os golos que marcaram nos quartos de final e nas ‘meias’. Parecem jogadores muito fortes fisicamente e de grande intensidade”, projetou.
Diogo Queirós, de 22 anos, é um dos seis atletas que podem completar o pleno de títulos europeus nos escalões sub-17, sub-19 e sub-21, a par dos guarda-redes Diogo Costa e João Virgínia, do defesa Thierry Correia, do médio Florentino e do avançado Jota.
“Já pude participar em outras finais europeias no passado, mas esta vai ser a primeira neste escalão, que praticamente já não é considerado de formação, uma vez que muitos jogadores estão em grandes equipas. Considero este Europeu de outro nível, face aos outros dois. Será uma final muito bonita e estou ansioso que comece”, enquadrou.
A caminho da 72.ª internacionalização nas seleções jovens portuguesas, o ‘capitão’ da formação de Rui Jorge enalteceu o “ambiente de muita felicidade e alegria”, num grupo a desfrutar do momento “onde queria estar e pelo qual se propôs no início da caminhada”.
“Tem sido um trajeto fantástico e orgulhamo-nos muito disso. Desde o primeiro jogo ou chamada nos sub-15 que só queremos dar tudo e dignificar o nosso país o melhor possível. Foi isso que nos começou a elevar e a conquistar o título nos sub-17. Sabíamos que esse era o caminho e foi só continuar a melhorar as nossas qualidades”, lembrou.
Diogo Queirós deixou uma “palavra de gratidão” às famílias e às pessoas mais próximas dos jogadores desta geração, cuja mentalidade construída ao longo da última década assume ter “ajudado inconscientemente a atingirem outros níveis” durante os jogos.
“São ligações que fomos criando desde as primeiras vezes que nos encontrámos na seleção, foram ficando cada vez mais fortes e pudemos transportar para fora do relvado. Não penso muito nisso em concreto no decurso do jogo, mas acredito que seja já inconsciente olhar para os meus colegas e eles não serem só apenas isso”, observou.
Exemplo disso é a parceria com Diogo Leite no eixo defensivo, dupla totalista na primeira fase, disputada entre 24 e 31 de março, e na ronda eliminatória, na qual Portugal consentiu os únicos golos sofridos na prova, diante da Itália (5-3, após prolongamento).
“O nosso bom trabalho tem ajudado bastante a equipa a manter-se segura e a poder lutar sempre pela vitória. À medida que os anos vão passando, a nossa ligação no jogo vai melhorando e cada jogo que fazemos é um momento em que evoluímos juntos. Com certeza, iremos contribuir no que melhor possamos fazer em prol da vitória”, concluiu.
A 23.ª edição do campeonato da Europa de Sub-21 integra pela primeira vez 16 participantes e tem decorrido na Hungria e Eslovénia, num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.