O movimento de passageiros nos aeroportos cabo-verdianos aumentou mais de 22% de março para abril, para quase 39.800, mantendo a tendência de crescimento após a pandemia de covid-19 afetar o tráfego aéreo, indicam dados oficiais.
De acordo com dados compilados hoje pela Lusa a partir dos indicadores de tráfego da Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde, os aeroportos e aeródromos do arquipélago registaram em abril um movimento de 969 aeronaves em embarques e desembarques (crescimento de 18,1% face março), em voos internacionais e domésticos.
Já o número de passageiros em embarques, desembarques e trânsito foi de 19.078 em voos domésticos e 20.715 em voos internacionais, totalizando desta forma um movimento global de 39.793 passageiros, contra os 32.456 passageiros em março e 25.350 em fevereiro, deste ano.
Em abril de 2020 não se registaram voos comerciais internacionais e domésticos, face à decisão do Governo cabo-verdiano de suspender todas as ligações, para travar a progressão da pandemia de covid-19.
Já em abril de 2019, segundo o histórico da AAC, registou-se o movimento de 163.744 passageiros em embarques e desembarques de voos internacionais e 68.199 em voos domésticos, movimentando globalmente 2.688 aeronaves e 231.943 passageiros.
Cabo Verde tem quatro aeroportos internacionais, nas ilhas de Santiago, do Sal, da Boa Vista e de São Vicente, e três aeródromos, nas ilhas de São Nicolau, Maio e Fogo, todos operados pela empresa pública ASA.
Segundo dados anteriores da ASA, o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde e que antes da pandemia registava um movimento anual acima de um milhão de passageiros, contou no primeiro trimestre deste ano com apenas 16.037 passageiros em desembarques e embarques de voos internacionais e domésticos, o que representa uma quebra de 95% face ao mesmo trimestre de 2021.
Globalmente, os aeroportos cabo-verdianos movimentaram quase 776.000 passageiros em 2020, perdendo praticamente dois milhões de passageiros no espaço de um ano (-72%), devido à pandemia, segundo um relatório da ASA.