A Fundação Mastercard vai doar 1,3 mil milhões de dólares nos próximos três anos para ajudar a combater a pandemia de covid-19 e acelerar a recuperação económica no continente africano, anunciou a presidente.
"Em parceria com a União Africana, o Centro de Controlo de Doenças da União Africana, a Fundação Mastercard orgulha-se de anunciar a entrega de 1,3 mil milhões de dólares [um pouco mais de mil milhões de euros] nos próximos três anos para salvar vidas e rendimentos de milhões de pessoas e acelerar a recuperação económica do continente", disse a presidente desta entidade, Reeta Roy.
Na apresentação da parceria, em formato digital, a responsável vincou que a parceria hoje anunciada tem quatro prioridades: "Adquirir vacinas para pelo menos 50 milhões de pessoas, apoiar a entrega e distribuição para muitos mais milhões de pessoas no continente, preparar a força de trabalho para a produção de vacinas em África e fortalecer o África CDC para implementar esta iniciativa histórica em conjunto com os países africanos", disse a responsável.
Na intervenção, Rita Roy disse que esta iniciativa deverá "desbloquear o potencial económico do setor da saúde e criar empregos e oportunidades para milhares de pessoas" e defendeu que são necessários "investimentos sistémicos para aumentar a segurança e a resiliência do setor".
Na segunda-feira, África registou mais 406 mortes associadas à covid-19 nas 24 horas anteriores, o que eleva o total de óbitos desde o início da pandemia para 132.425, e 22.386 novos infetados, de acordo com os dados oficiais mais recentes.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos no continente é de 4.925.978 e o de recuperados é de 4.445.872, mais 14.932 nas últimas 24 horas.
A África Austral continua a ser a região mais afetada, com 2.124.267 casos e 65.456 óbitos associados à covid-19. Nesta região encontra-se o país mais atingido pela pandemia no continente, a África do Sul, que contabiliza 1.696.564 casos e 56.974 mortes.
A pandemia de provocou, pelo menos, 3.731.297 mortos no mundo, resultantes de mais de 173,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.