O presidente da Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU) afirmou hoje que o comportamento da UEFA, ao retomar o jogo do Europeu-2020 com a Finlândia, foi uma «decisão errada e completamente inaceitável», depois do colapso de Christian Eriksen.
“Foi uma decisão errada e completamente inaceitável que os jogadores tivessem que entrar em campo pouco tempo depois de terem passado por uma experiência horrível. Os jogadores e treinadores não podem ser colocados nessa situação”, disse Jesper Moller, num comunicado da DBU.
O presidente do organismo dinamarquês referia-se ao encontro de sábado entre Dinamarca e Finlândia, da primeira jornada do grupo B do Euro2020, que esteve mais de uma hora interrompido depois de Christian Eriksen ter colapsado em pleno relvado, tendo precisado de ser reanimado.
Em reunião com os jogadores e staff das duas seleções, a UEFA apresentou duas soluções: que o jogo fosse retomado no mesmo dia, o que acabou por acontecer, ou no dia seguinte.
O antigo guarda-redes e internacional dinamarquês Peter Schmeichel, pai de Kasper Schmeichel, atual guardião da seleção escandinava, avançou também que a UEFA colocou em cima da mesa uma possível derrota por 3-0, por desistência, situação que, entretanto, foi desmentida pelo organismo que rege o futebol europeu.
“Temos de pensar em alterar as regras para que nunca mais nos encontremos na mesma situação. O que aconteceu no sábado não deve voltar a acontecer”, reforçou Moller.
A Dinamarca, que era favorita no encontro com Finlândia, acabou por perder o encontro por 1-0, com Schmeichel a ter muitas culpas no golo sofrido e com Højbjerg a falhar uma grande penalidade.
Eriksen encontra-se num hospital de Copenhaga a recuperar e, na terça-feira, através das redes sociais, divulgou uma mensagem a agradecer o apoio que recebeu do mundo do futebol.