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Covid-19: Patronato moçambicano indisponível para aumentar salários mínimos

A CTA - Confederação das Associações Económicas de Moçambique, principal organização patronal do país, anunciou hoje estar indisponível para aumentar os salários mínimos, comparando o estado das empresas a entidades «em coma» devido à covid-19.

Covid-19: Patronato moçambicano indisponível para aumentar salários mínimos
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"Negociar nestas circunstâncias é claramente igual a ir negociar com alguém que está em coma", referiu Vasco Manhiça, vice-presidente da CTA.

"Nenhuma empresa está a respirar de boa saúde e se não temos capacidade neste momento, é impensável entrarmos num processo de negociação", acrescentou.

Segundo o responsável, "no caso dos ajustamentos dos salários mínimos”, constata-se “que os motivos que ditaram a suspensão do processo negocial no ano transato prevalecem".

De acordo com a avaliação da CTA, em 2020, o setor empresarial "registou perdas de faturação estimadas em cerca de 1,1 mil milhões de dólares, o correspondente a 7% do PIB [Produto Interno Bruto], tendo culminado com a suspensão de cerca de 90 mil postos de trabalho".

Apesar de haver uma recuperação tímida no final de 2020, "no primeiro trimestre do presente ano o quadro tornou-se ainda mais complicado, devido ao surgimento da segunda vaga de covid-19", referiu Vasco Manhiça.

"As empresas nacionais continuam se ressentindo do contexto adverso que caracteriza a nossa economia, sendo que após um primeiro trimestre absolutamente negro, estão neste momento a tentar criar bases para a sua revitalização", face a um alívio de restrições de prevenção da covid-19, frisou.

Mas, "não será um processo repentino", alertou.

Moçambique tem um total acumulado de 844 óbitos e 71.764 casos de covid-19, 97% dos quais recuperados da doença e 32 internados.

Maio foi o mês com o número mais baixo de casos e de mortes por covid-19 em Moçambique desde o pico de 274 óbitos e mais de 20.000 infeções em fevereiro.

Apesar de os números oficiais terem ajudado o país a entrar numa nova fase de alívio de restrições, as autoridades de saúde têm apelado ao respeito pelas medidas de prevenção face ao receio de uma terceira vaga de infeções já detetada na vizinha África do Sul.

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