A faturação do setor de aluguer de automóveis caiu 60% em 2020, passando dos 740 milhões de euros registados em 2019 para 295 milhões de euros, consequência de uma «enorme redução na procura», segundo um estudo hoje divulgado.
De acordo com o estudo setorial da Informa D&B, a grande redução na faturação deste setor em 2020 está relacionada com a quebra de atividades como o tráfego de passageiros nos aeroportos portugueses, que desceu 70%, e com o número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros, que recuou 63%.
“A redução das restrições à mobilidade, previsível à medida que o plano de vacinação avance, deverá permitir o relançamento do setor a partir do segundo semestre de 2021”, estima.
A Informa D&B prevê ainda uma forte subida do valor do mercado em 2021 e 2022, embora ainda longe do valor registado em 2019, “o qual não deverá ser atingido antes de 2024”.
De acordo com a informação disponibilizada, desde 2014 que o setor de ‘rent-a-car’ registava uma tendência contínua de crescimento, tendo sido interrompida pela pandemia da covid-19.
Segundo a Informa D&B, as políticas de ajustamento da estrutura e da frota “continuarão a ser fundamentais para garantir a viabilidade das empresas de aluguer de viaturas a curto prazo, prevendo-se que o processo de concentração da oferta se intensifique”.
Em 2019 o setor de aluguer de automóveis era constituído por aproximadamente 790 empresas, das quais cerca de 240 estão localizadas no distrito de Lisboa.
As zonas Norte e Centro tinham 195 e 120 empresas, respetivamente, refere.
Os dados de 2020 sinalizam que o setor tem uma elevada concentração empresarial, com os cinco principais operadores a deter uma quota de mercado conjunta de 63% em 2020 e os dez principais operadores a serem responsáveis por 80% das vendas totais.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.835.238 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.057 pessoas dos 861.628 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.