A seleção portuguesa de futebol manteve-se hoje na corrida à revalidação do título europeu, ao ultrapassar a fase de grupos, repetindo a façanha da sua antecessora Espanha, campeã em 2008 e 2012.
Uma vitória (3-0 à Hungria), uma derrota (2-4 com a Alemanha) e um empate (2-2 com a França), hoje, em Budapeste, valeram quatro pontos e o terceiro lugar do Grupo F, registo suficiente para Portugal seguir em frente como ‘rei’ dos terceiros.
Nas duas edições anteriores, a Espanha também conseguiu ultrapassar a fase de grupos, sendo que, em 2012, tornou-se mesmo a primeira seleção a revalidar o cetro, feito que os comandados de Fernando Santos tentam replicar no Euro2020.
Em 2012, a Espanha arrancou com um empate, com a Itália (1-1), mas depois venceu os dois jogos seguintes (4-0 à República da Irlanda e 1-0 à Croácia) e arrebatou o Grupo C – ‘vingar-se-ia’ dos transalpinos na final (4-0).
Quatro anos depois, na edição que consagrou Portugal, os espanhóis arrancaram com dois triunfos – 1-0 à República Checa e 3-0 à Turquia -, mas, depois perderam por 2-1 com a Croácia, atrás da qual ficaram no Grupo D. Nos ‘oitavos’, seriam eliminados pela Itália, vencedora por 2-0.
Para encontrar uma seleção campeã que não tenha sobrevivido à fase de grupos é preciso recuar a 2008, ano em que a Grécia, inesperada campeã em solo luso em 2004, não conseguiu sequer conquistar um mísero ponto.
O conjunto helénico estreou-se com um desaire por 2-0 face à Suécia, prosseguiu com uma derrota por 1-0 face à Grécia e, a fechar, perdeu por 2-1 com a Espanha.
Quanto aos anteriores campeões, só mais dois passaram a fase de grupos, os Países Baixos, em 1992, depois da histórica vitória de 1988 – ainda o único título da seleção ‘laranja’ -, e a França, em 2004, em Portugal, após o sucesso de 2000.
Por seu lado, a Checoslováquia, vencedora em 1976 com o penálti de Panenka, qualificou-se em 1980 para o jogo do terceiro e quarto lugares, na primeira edição com fase de grupos, ao ser segunda do Grupo 1. A RFA, primeira, seguiu para a final.
Por seu lado, a Alemanha ‘tombou’ em 1984, ainda como RFA, e em 2000, curiosamente em dois grupos com Portugal, que seguiu em frente, e a Dinamarca em 1996, após sair de férias para triunfar em 1992, enquanto a França não ‘compareceu’ em 1988.