A Indonésia reforçou hoje as medidas para combater o surto de covid-19 no país, ligado à expansão da variante Delta, com a entrada em vigor de um confinamento parcial até 20 deste mês.
A medida vai afetar especialmente as ilhas de Java, onde vivem mais de 50% dos 270 milhões de habitantes do país, e a estância turística de Bali.
As autoridades não exigiram um confinamento total da população, mas impuseram o encerramento temporário de escolas, locais de culto, parques, museus, estádios desportivos, centros comerciais, bares e restaurantes, entre outros.
No entanto, são permitidos casamentos com até 30 pessoas e sem comida no local.
As autoridades decretaram também o teletrabalho para serviços não essenciais, enquanto áreas de atividades como finanças, alimentação, construção, energia e telecomunicações podem continuar nos locais habituais, ao abrigo de rigorosos protocolos de saúde.
Para quem pretenda viajar deve apresentar um certificado de vacinação com pelo menos uma dose administrada e um resultado negativo do teste à covid-19.
Na sexta-feira, as autoridades sanitárias registaram mais de 25 mil novos casos e 539 mortes, os números mais elevados da doença, desde o início da pandemia no país.
Já na terça-feira, a Cruz Vermelha alertou para o risco de colapso do sistema hospitalar indonésio, onde 47% das camas estão ocupadas, número que atinge os 93% na capital, Jacarta, de acordo com dados oficiais
A agência internacional acrescentou que o surto está ligado à variante Delta do novo coronavírus, que peritos consideraram mais infecciosa.
A Indonésia contabilizou 2,2 milhões de casos de covid-19e quase 59 mil mortes desde o início da pandemia. Apenas 5,1% da população já foi vacinado com as duas doses necessárias para completar o processo de vacinação.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.108 pessoas e foram confirmados 884.442 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.