A Rússia anunciou hoje que registou novo recorde de mortes diárias pela covid-19, com 780 óbitos segundo dados oficiais, o sexto número mais elevado desde o início do mês no país, duramente atingido pela variante Delta.
Nas últimas 24 horas, 780 pessoas morreram de covid-19 na Rússia, ultrapassando o recorde anterior de 752 mortos estabelecido no sábado.
O país também registou 24.702 novos contágios em 24 horas.
A epidemia na Rússia não está a ceder diante da variante Delta, que apareceu pela primeira vez na Índia e é mais contagiosa.
Os principais focos são a capital, Moscovo, e a segunda cidade do país, São Petersburgo, onde medidas restritivas foram intensificadas nas últimas semanas.
As autoridades recusam por enquanto qualquer confinamento geral, como o da primavera de 2020, a fim de preservar a já frágil economia.
O autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, estimou no domingo que a capital está a viver uma “estabilização” da situação pandémica.
Desde o início da pandemia, mais de 5,8 milhões de pessoas foram infetadas na Rússia e 144.492 morreram, segundo dados oficiais do Governo.
A agência de estatísticas Rosstat, que tem uma definição mais ampla de mortes ligadas à covid-19, registou 290.000 mortes até ao final de maio.
A luta contra o coronavírus na Rússia é complicada devido a uma lenta campanha de vacinação e, ao mesmo tempo, a desconfiança pública.
Para lidar com isso, as autoridades adotaram medidas como a introdução de um passe de saúde para ir a restaurantes em Moscovo ou a vacinação obrigatória de certas categorias de trabalhadores.
De acordo com o portal Gogov, que agrega dados das regiões e de meios de comunicação por falta de estatísticas oficiais, 29,4 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose de uma das vacinas russas aprovadas, ou quase 20,1% da população.
A pandemia de covid-19 provocou mais de quatro milhões de mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 186 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço feito pela agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.