A Itália registou 2.153 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, mais do dobro do que na quarta-feira passada e contabilizou 23 mortes, anunciou hoje o Ministério da Saúde italiano.
Aquele valor é o mais elevado desde 09 de junho.
Esses dados mantêm a tendência de aumento das infeções no país, onde a variante Delta está a ganhar terreno, e o total de infeções subiu para 4.275.846 desde que começou a pandemia, em fevereiro de 2020.
Os 2.153 novos contágios representam um aumento de 1.143 casos em relação ao mesmo dia da semana passada, quando foram contabilizadas 1.010 infeções.
Por outro lado, as 23 mortes do último dia elevam o número total de óbitos para 127.831.
Quanto ao número de pessoas atualmente infetadas com a covid-19 são atualmente 41.700, um aumento de 1.051 casos em relação a terça-feira, a grande maioria isolada nos domicílios com sintomas leves ou sem sintomas.
A pressão hospitalar registou hoje uma pequena queda: dos 1.259 pacientes hospitalizados, menos 26 do que na véspera, 151 estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), menos seis do que na terça-feira.
A campanha de vacinação continua em andamento e 24,8 milhões de pessoas já estão totalmente imunizadas em Itália, 45,92% da população com mais de 12 anos, sendo que o número total de doses inoculadas é de 57.789.899.
O país não excluiu eventuais restrições, já que atualmente está apenas em vigor a obrigação de uso de máscara em espaços fechados.
Algumas regiões italianas, como a Lombardia ou a Ligúria, estão a considerar usar o certificado de vacinação em bares, restaurantes ou teatros, como anunciou recentemente a França, uma possibilidade que é também contemplada pelo comissário para a emergência sanitária, o general Paolo Figliuolo, e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Mariastella Gelmini.
“A variante Delta preocupa-nos e o governo vai considerar estender o uso do ‘green pass’ (passaporte sanitário) a outros serviços com o objetivo de incentivar a vacinação”, afirmou hoje Gelmini, em Bruxelas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.053.041 mortos em todo o mundo, entre mais de 187,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.