O Presidente dos EUA, Joe Biden, exortou na quarta-feira os norte-americanos a vacinarem-se contra a covid-19, manifestando frustração com o abrandamento da vacinação e o aumento de casos, que quase triplicaram nas últimas duas semanas.
Durante uma visita a Cincinnati, no estado do Ohio, Biden defendeu que a crise de saúde pública se converteu, sobretudo, numa situação difícil para os que não estão vacinados, numa altura em que a propagação da variante Delta levou a um aumento de infeções por todo o país.
"Temos uma pandemia para aqueles que ainda não foram vacinados - é tão básico, tão simples quanto isto", disse Biden, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).
O Presidente dos Estados Unidos manifestou preocupação por haver tantos norte-americanos relutantes em receber a vacina.
"Se forem vacinados, não vão ser hospitalizados, não vão estar na unidade de cuidados intensivos e não vão morrer", afirmou.
"Portanto, é gigantescamente importante que todos atuemos como americanos que se preocupam com os nossos concidadãos", sublinhou.
Nos Estados Unidos, os casos de covid-19 quase triplicaram nas últimas duas semanas, mas praticamente todas as hospitalizações e mortes dizem respeito a pessoas que não estavam vacinadas.
Na terça-feira, a média de novos casos diários nos sete dias anteriores aumentou para mais de 37.000, contra menos de 13.700 em 06 de julho, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Os especialistas culpam a variante Delta, mais contagiosa, e o abrandamento da vacinação.
Apenas 56,2% dos americanos receberam pelo menos uma dose da vacina, de acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças.
Os Estados Unidos são o país com mais casos e mortes desde o início da pandemia, com mais de 34 milhões de infeções acumuladas e mais de 609 mil mortes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.119.920 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.