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Estados Unidos mostram preocupação sobre situação alimentar na Coreia do Norte

A vice-secretária de Estado norte-americana disse hoje que a Coreia do Norte enfrenta uma grave situação alimentar resultante da pandemia de covid-19 e reiterou os pedidos para o regresso de Pyongyang às negociações com Washington.

Estados Unidos mostram preocupação sobre situação alimentar na Coreia do Norte
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Recentemente, o líder norte-coreano, Kim Jong Un alertou sobre a situação "tensa" no que diz respeito à falta de alimentos admitindo que o país enfrenta a "pior crise de sempre".

Mesmo assim, Pyongyang insiste que apenas admite negociações caso Washington venha a abandonar atitudes de hostilidade.

"Todos sentimos que a população da República Democrática Popular da Coreia [Coreia do Norte] enfrenta grandes dificuldades devido à pandemia" disse Wendy Sherman em Seul referindo-se à segurança alimentar dos norte-coreanos.

"Só esperamos o melhor para as pessoas da República Democrática Popular da Coreia", disse ainda a vice secretária de Estado norte-americana.

Sherman falou aos jornalistas depois de um encontro com as autoridades da Coreia do Sul, em Seul, tendo as duas partes reafirmado que vão manter os esforços diplomáticos no sentido de convencer a Coreia do Norte a regressar às conversações sobre o programa nuclear de Pyongyang.

"Esperemos avanços construtivos por parte da República Democrática Popular da Coreia", sublinhou referindo-se sempre ao nome oficial da Coreia do Norte.

As conversações entre Washington e Pyongyang conheceram poucos avanços desde 2019, depois do fracasso da segunda cimeira entre o líder norte-coreano e o então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devido às sanções dos Estados Unidos contra o regime da Coreia do Norte.

Desde 2019 que Kim Jong Un ameaça construir novas armas caso os Estados Unidos "não levantem as políticas de hostilidade".

Em declarações recentes, o líder da Coreia do Norte apelou para os 26 milhões de norte-coreanos para estarem preparados para restrições prolongadas devido à pandemia de covid-19 indicando que o país ainda não está preparado para reabrir as fronteiras.

Depois de Seul, Sherman vai visitar a Mongólia e a República Popular da China tratando-se da primeira visita de um alto responsável da nova Administração norte-americana a Pequim.

Wendy Sherman disse que vai discutir a situação da Coreia do Norte durante os encontros com as autoridades da República Popular da China no próximo domingo.

"A Administração Biden já disse que as nossas relações com a China são complicadas. Há aspetos que são competitivos, há desafios e aspetos em que podemos cooperar", afirmou Sherman.

"A desnuclearização da Coreia do Norte é certamente uma área de cooperação", sublinhou a vice-secretária de Estado norte-americana.

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