Joaquim Gomes disse hoje esperar que a 82.ª Volta a Portugal em bicicleta devolva um «‘cheirinho’ de normalidade às pessoas», garantindo que as premissas do sucesso da prova permanecem intactas, apesar do contexto da pandemia de covid-19.
“Depois do calvário de mais de um ano e meio que afastou a Volta a Portugal de cumprir um dos seus maiores requisitos, que é, no verão, constituir-se como o principal evento e o mais popular, que leva o colorido a casa das pessoas, esperamos, finalmente, neste agosto dar um pouco desse ‘cheirinho’ de normalidade às pessoas”, afirmou o diretor da prova rainha do calendário nacional.
A Volta a Portugal regressa, entre 04 e 15 de agosto, ao ‘seu’ mês e formato tradicionais, de um prólogo e 10 etapas, depois de, no ano passado, ter sido disputada uma edição especial, ‘encurtada’ e ‘deslocada’ no calendário (disputou-se entre 27 de setembro e 05 de outubro), devido à pandemia de covid-19.
“Há algo de que tenho a certeza: as premissas que fizeram ao longo destes 94 anos da Volta a Portugal o mais popular evento desportivo nacional, vão estar perfeitamente intactas, mesmo a lidar ainda com questões pandémicas. Isso é algo que arrasta, do ponto de vista logístico, quer ao nível dos custos, quer ao nível da complexidade, um grande desafio à organização, mas tenho a certeza de que no dia 15, em Viseu, iremos encerrar esta Volta com muito sucesso”, anteviu Joaquim Gomes.
Na apresentação (virtual) da 82.ª edição, o diretor da corrida quis “tirar o chapéu aos corredores que integram a caravana”, por, num contexto de “apreensão geral” motivado pela covid-19, embarcarem na “grande aventura” que é a Volta a Portugal, tendo ainda de gerir, “com maior ou menor tensão”, “o acréscimo de todas as questões ligadas à pandemia”.
“A primeira etapa é sempre a mais tensa, mas, depois, a partir daí, o próprio esforço diário, a adrenalina que nos corre nas veias, vai fazer com que se preocupem – e é isso que se pretende – única e exclusivamente com a competição”, salientou o antigo ciclista.
Joaquim Gomes acredita que “o organizador, os seus parceiros, as forças de segurança e, obviamente, o carinho e o calor humano do público criarão as condições para que eles [ciclistas], que são os grandes artistas, os grandes heróis da Volta a Portugal”, tornem esta edição “um grande sucesso”.
A 82.ª Volta a Portugal arranca em 04 de agosto, com um prólogo em Lisboa, e termina com um contrarrelógio em Viseu, em 15 de agosto, depois de percorrer 1.568,2 quilómetros.