A Rússia conquistou hoje a medalha de ouro na prova por equipas feminina de ginástica artística em Tóquio-2020, um título que escapava há 29 anos e que quebra a hegemonia dos Estados Unidos, desfalcados da superestrela Simone Biles.
A representação russa, composta por Vladislava Urazova, Viktoriia Listunova, Angelina Melnikova e Liliia Akhaimova, totalizou 169,528 pontos, superando a dos Estados Unidos, segunda classificada, com 166,096, e da Grã-Bretanha, que conquistou a medalha de bronze, com 164,096.
A Rússia tinha vencido a prova pela última vez em 1992, em Barcelona, como Comunidade de Estados Independentes (CEI), e termina com o longo ‘reinado’ das norte-americanas, campeãs em Atenas2004, Pequim2008, Londres2012 e Rio2016, mas que hoje realizaram as três últimas rotações sem Biles, tetracampeã olímpica no Rio de Janeiro, por “razões médicas”.
Biles, de 24 anos, considerada uma das melhores ginastas de sempre, ausentou-se por momentos, acompanhada pelo médico da seleção dos Estados Unidos, regressando algum tempo depois para abraçar as colegas Grace McCallum, Sunisa Lee e Jordan Chiles, abandonando, aparentemente, devido a lesão.
A equipa norte-americana, cujo domínio da modalidade já tinha sido ameaçado pela Rússia, que se impôs na ronda de qualificação para a final de hoje, ficou em posição ainda mais fragilizada e uma queda de Jordan Chiles queda no último exercício (solo) deitou por terra as ténues expectativas de revalidar o título.
Um dia depois da vitória da equipa masculina na final coletiva, a ginástica russa voltou a subir ao lugar mais alto do pódio em Tóquio e as atletas que representam o Comité Olímpico da Rússia ganham mais ânimo para as finais de aparelhos com a possível ausência de Biles, que vai realizar exames médicos.
A norte-americana, que no Rio2016, além da medalha de ouro por equipas, conquistou também os títulos olímpicos no concurso completo e em dois aparelhos (salto e solo), poderá mesmo ter em risco a continuidade em Tóquio2020, nos quais prometia ser uma das principais figuras, estando qualificada para as cinco finais individuais.
Em terceiro lugar, mas sem nunca se intrometer na discussão da vitória na prova, a equipa da Grã-Bretanha, constituída por Jennifer Gadirova, Jessica Gadirova, Alice Kinsella e Amelie Morgan, arrebatou a medalha de bronze, superando por pouco a Itália (163,638 pontos).