O plantel e equipa técnica de futebol do Beira-Mar anunciaram hoje que vão avançar com a “pré-rescisão” colectiva dos contratos, caso não os dois meses de salários em atraso não sejam pagos até ao dia 30 de Novembro.
A decisão foi comunicado em conferência de imprensa pelo capitão de equipa Hugo, que leu uma nota elaborada pelo plantel: ''Vamos continuar com o mesmo nível de rigor e profissionalismo, não recorrendo à greve e às faltas de comparência''.
''No entanto, o grupo decidiu estipular o dia 30 de Novembro como data limite para pagamento de dois meses em atraso, data em que se avançará com uma pré-rescisão de contrato colectivo'' disse.
O jogador aveirense acrescentou: ''Se esta medida não for suficiente, no dia 8 de Dezembro o grupo rescindirá definitivamente a sua ligação ao clube'' e ainda que ''cada jogador é livre para rescindir o vínculo laboral''.
O capitão ''auri-negro'' concluiu dizendo que nesta decisão do grupo de trabalho pesou, para além do factor financeiro, ''a falta de liderança existente'' no clube de Aveiro.
O treinador Leonardo Jardim, que esteve presente na conferência de imprensa, acrescentou que ''todos” estiveram “100% de acordo para este comunicado'' e que ''medidas como estas servem para alertar para a situação do clube e do futebol profissional em geral''.
O Beira-Mar está num impasse directivo desde o dia 8 de Outubro, sem que se apresente nenhum projecto de liderança para a formação aveirense, que acumula já dois meses de salários em atraso.
Para esta sexta-feira está prevista uma Assembleia-Geral, onde o presidente da mesa Artur Moreira, responsável actualmente pela gestão corrente do clube, já admitiu que pode pedir a renúncia ao cargo que ocupa.
Apesar da situação interna conturbada, o Beira-mar ocupa a quarta posição da Liga de Honra de futebol, com 16 pontos, a dois dos líderes Feirense e Portimonense.