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Supertaça: Carlos Xavier vê triunfo do Sporting a embalar época

Uma vitória do Sporting sobre o Sporting de Braga na Supertaça Cândido de Oliveira dará “confiança e garantia” ao campeão nacional para abordar uma época desafiante, admitiu à agência Lusa o ex-futebolista Carlos Xavier.

Supertaça: Carlos Xavier vê triunfo do Sporting a embalar época
Futebol 365

“Era sempre importante começar a época a ganhar e a vencer um troféu. Isso também poderá dar algum alento à equipa, porque vai ser uma época mais desgastante, com mais responsabilidades, e envolvimento numa competição de prestígio, como a Liga dos Campeões, da qual o Sporting está arredado há algum tempo”, vincou o ex-médio, que conquistou a terceira prova nacional mais relevante pelos ‘leões’ em 1982, 1987 e 1995.

Sporting, vencedor da edição 2020/21 da I Liga, e Sporting de Braga, atual detentor da Taça de Portugal, defrontam-se no sábado, às 20:45, no Estádio Municipal de Aveiro, abrindo a temporada 2021/22 com a 43.ª edição da Supertaça Cândido de Oliveira.

“As equipas conhecem-se bastante bem, têm mais ou menos o mesmo estilo de jogo e encaixam-se na perfeição. Quem estiver por cima técnica e taticamente será candidato a vencer, mas, neste momento, não se pode dar favoritismo ao Sporting ou ao Braga, porque ainda estão numa fase de começo de época e a afinar muitas coisas”, lembrou.

Carlos Xavier prevê um jogo repartido entre “duas equipas muito boas e bem orientadas”, à imagem dos três embates disputados entre os dois clubes na época passada, que originaram duas vitórias ‘leoninas’ para o campeonato e outra na final da Taça da Liga.

“Quando se defrontam duas equipas muito iguais, a qualidade técnica sobressai e pode resolver. Foi assim naquele lance de perspicácia entre o Pedro Porro e o Matheus Nunes em Braga [vitória do Sporting por 1-0, à 29.ª jornada da I Liga], que apanhou a defesa desprevenida e valeu o jogo do título. Além de quem errar menos, serão esses detalhes que podem fazer a diferença entre equipas que jogam sempre ao ataque”, enquadrou.

Em 2020/21, o campeão nacional apenas perdeu internamente nos estádios do Marítimo (0-2), nos oitavos de final da Taça de Portugal, e do Benfica (3-4), à 33.ª e penúltima jornada da I Liga, quando já tinha assegurado o 19.º título, 19 anos depois, numa “época histórica”, que “não se via há muito”, admitindo agora ser encarado como “alvo a abater”.

“As equipas querem ser as primeiras a derrotar um Sporting que foi quase imbatível. É o primeiro troféu da época, mas, nesta fase, não se espera 100% de parte a parte no plano físico, técnico e psicológico”, advertiu Carlos Xavier, que ainda venceu um campeonato e duas Taças de Portugal nas duas passagens por Alvalade (1980-1991 e 1994-1996).

Os ‘leões’ mantiveram os “bons hábitos” de vitória ao longo da pré-temporada, perante semanas em que se procura “apelar ao aspeto físico” para conseguir “fazer jogos de princípio ao fim em grande ritmo” e “produzir o suficiente para chegar à área e ganhar”.

“É importante ter o grosso da equipa novamente junta, porque o que fizeram no ano passado surtiu efeito. Agora, as coisas parecem que podem sair mais fluidas, pois o sistema está implementado, os jogadores sabem o que o treinador quer e não há tempo para muitas experiências. Nota-se que a equipa já joga neste sistema quase de olhos fechados e ainda vai aperfeiçoar mais alguns dados que são importantes”, analisou.

Confiando na lealdade de Rúben Amorim ao esquema preferencial de 3-4-3, mesmo que venha a equacionar alternativas, até porque “nem todos os jogos e equipas são iguais”, Carlos Xavier lamenta a ausência do defesa direito espanhol Pedro Porro por lesão.

“Felizmente, o Sporting foi buscar outro jogador equiparável e com qualidade tremenda. Não vai jogar o Porro, jogará possivelmente o Ricardo Esgaio e penso que não haverá muita diferença. É um atleta rotinado naquela posição, sobe e desce com muita facilidade e conhece muito bem este clube e o próprio adversário. Foi pena o Pedro Porro se ter lesionado, mas acho que o Esgaio consegue fazer esse papel na perfeição”, avaliou.

Mais dúvidas residem na composição do meio-campo, onde Daniel Bragança, o luso-brasileiro Matheus Nunes e até o ‘canarinho’ Bruno Tabata “dão garantias de sucesso” para substituir João Mário, que trocou o Sporting pelo rival lisboeta Benfica no defeso.

“Foi um jogador importante na conquista do título, mas o clube não mostrou muito interesse na sua continuidade, porque não queria ter mais encargos. Acho que fez bem, no sentido em que, se quisesse, tinha ficado com ele. Assim não foi. Os bons atletas têm de jogar nas boas equipas e o João Mário pode jogar em qualquer uma”, comentou.

Carlos Xavier enaltece um plantel “muito bem engendrado” e a “manutenção do projeto” do Sporting, que almeja vencer a nona Supertaça Cândido de Oliveira do seu palmarés frente ao Sporting de Braga, num reencontro quase 40 anos depois da edição de 1982.

“Ainda para mais foi num ano em que ganhámos o campeonato e a Taça de Portugal. É sempre marcante. É mais um troféu que enriquece o museu do Sporting e dá tremendo prestígio”, finalizou o ex-médio, de 59 anos, titular na goleada ‘leonina’ na segunda mão (6-1), em Alvalade, que inverteu a vantagem minhota construída no 1.º de Maio (1-2).

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