A ginasta norte-americana Simone Biles foi «corajosa» ao abordar publicamente os seus problemas de saúde mental, considerou hoje o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
“Por um lado, admitiu os seus problemas, o que é um ato de coragem, e, por outro, esteve presente a apoiar as suas companheiras de competição”, afirmou Bach, durante uma conferência de imprensa, destacando a coragem da norte-americana.
Bach, que disse ter falado com Biles depois da competição por equipas, destacou a forma como a ginasta “está a lidar com a situação”.
“A saúde mental tem sido um grande desafio durante esta pandemia, e não apenas no desporto”, afirmou o presidente do COI, defendendo um trabalho conjunto de atletas e estruturas desportivas nacionais para responder ao problema.
Na quarta-feira, Biles, de 24 anos, considerada uma das melhores ginastas de sempre, desfalcou a seleção dos Estados Unidos em plena final feminina por equipas de Tóquio2020, tendo justificado posteriormente a sua decisão com problemas de saúde mental.
Entretanto, a Federação norte-americana de ginástica anunciou que Simone Biles não iria participar na final individual do ‘all-around’ dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.
Simone Biles, que no Rio2016, além da medalha de ouro por equipas, conquistou também os títulos olímpicos no concurso completo e em dois aparelhos (salto e solo), qualificou-se para as cinco finais individuais dos Jogos Tóquio2020, que começam no domingo.
Na conferência de imprensa, Bach anunciou os mais números mais recentes relacionados com a pandemia de covid-109, dando conta de 26 novas infeções com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, o que eleva para 220 o número de infetados no ‘universo’ olímpico.
“Temos de estar alerta todos os dias, não podemos dizer que depois de sete dias de Jogos Olímpicos a luta contra a covid-19 acabou. Este é um esforço diário, por isso é tão importante a testagem” disse Bach.