A portuguesa Patrícia Mamona disse hoje estar “feliz” por ter ganho a prata no triplo salto de Tóquio2020 e por passar a fazer “parte dos 15 metros”, por ter saltado para 15,01 metros, um novo recorde nacional.
Patrícia Mamona conquistou hoje a medalha de prata no triplo salto em Tóquio, ao conseguir 15,01 metros, novo recorde nacional, arrebatando a segunda medalha por atletas portugueses depois do bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg).
Patrícia Mamona, de 32 anos, só foi batida pela venezuelana Yulimar Rojas, bicampeã do mundo, com 15,67 metros, novo recorde do mundo. No terceiro lugar ficou a espanhola Ana Peleteiro, com 14,87.
“Estou feliz, faço parte dos 15 metros. Independentemente da marca, da medalha, esta competição é muito especial para todos nós. Na minha cabeça, o foco era só dar o meu melhor, saltar o mais possível. Tinha dito que tudo, depois, era consequência. É um momento decisivo, são seis saltos, e a cada salto pensava em como conseguir saltar ainda mais, dar ainda mais. Dar tudo para sair daqui mesmo estafada. Saio daqui muito feliz”, explicou, na zona mista do Estádio Olímpico.
Durante toda a prova, garantiu, só pensou “em saltar muito”, e não em marcas, após uma “época de altos e baixos” que culminou numa competição “dura, com toda a gente empolgada e as medalhas em aberto”, à exceção do ouro.
“Fazer parte desta história é incrível. Lembro-me muitas vezes de dizer ‘ei, em Pequim2008 cinco raparigas passaram os 15 metros’. Parecia assim um bocadinho... e estou na competição em que é batido o recorde do mundo, por uma força da natureza, e eu fazer mais de 15 metros... é gigante, maravilhoso”, garantiu a atleta.
Reforçando várias vezes a felicidade e o foco apenas em “dar tudo” e não pensar quer no antigo recorde nacional, que tinha colocado em 14,66 metros em 09 de julho no Mónaco, quer nas marcas que ia conseguindo, Mamona ficou feliz por poder honrar um “país que é pequeno mas é grande”.
“Foi uma época de altos e baixos, fui feliz nos meus altos e hoje fui muito, muito feliz neste alto. São seis saltos e depois uma pessoa vai de consciência tranquila para casa. Só pensei em saltar muito. Não consigo pensar em marcas, porque como disse na qualificação, dá-se tudo e a marca é uma consequência disso”, acrescentou.