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I Liga 2021/22: José Nuno Azevedo vê Braga a dar passos para desafiar a lógica

O Sporting de Braga tem sido “fantástico” na gradual aproximação ao topo da I Liga perante “diferenças a variadíssimos níveis” com os ‘grandes’ Benfica, FC Porto e Sporting, vincou o ex-futebolista José Nuno Azevedo.

I Liga 2021/22: José Nuno Azevedo vê Braga a dar passos para desafiar a lógica
Futebol 365

“O fraquejar no final da época é fruto de várias coisas, como, por vezes, a falta de soluções em certos momentos, seja por lesões ou por incapacidade do próprio plantel. Agora, há que reconhecer: um jogo de futebol tem muitas envolventes e o Braga e outros clubes têm e terão muitas dificuldades em Portugal para se conseguirem impor de forma consistente”, advertiu à agência Lusa o ex-defesa dos minhotos, entre 1992 e 2003.

Depois de ter sido quarto colocado da I Liga em outras tantas ocasiões no século XX, o Sporting de Braga já entrou 11 vezes no ‘top-4’ nas últimas duas décadas, além de dois terceiros lugares e um inédito vice-campeonato em 2009/10, a cinco pontos do Benfica.

“O Braga tem como objetivo mínimo esse quarto posto, mas, para dentro e mesmo para fora, começa a ser curto e repetitivo ambicionar apenas e só ao quarto lugar. Claro que a dimensão do próprio clube está muito longe dos ‘grandes’, mas esse longo caminho vai continuar a ser percorrido e em algum ano significará intrometer-se nessa luta”, notou.

José Nuno Azevedo deposita “boas expectativas” no atual vencedor da Taça de Portugal, esperando que conserve, pelo menos, “o seu estatuto dentro do campeonato”, apesar de ter arrancado 2021/22 a perder a Supertaça frente ao campeão nacional Sporting (1-2).

“É uma realidade difícil. O Sporting esteve alguns anos mais ausente da luta pelo título e com FC Porto e Benfica a quererem recuperá-lo, a tarefa de chegar aos três primeiros lugares é mais difícil. De qualquer forma, ela é possível. Depende muito do que for o desenrolar da época, mas o Braga terá sempre a sua palavra em qualquer jogo”, frisou.

Esperando pelo fim do mercado de transferência para perceber qual o candidato mais forte ao cetro da 88.ª edição da I Liga, o ex-defesa valoriza a continuidade do técnico Carlos Carvalhal em prol da “evolução da continuidade” do estilo de jogo ‘arsenalista’.

“Os atletas conhecem o treinador, o treinador sabe melhor aquilo que pode tirar deles e, eventualmente, as aquisições que o clube faça venham reforçar a ideia do Carlos. Em termos de capacidade e qualidade, o Braga pode continuar a evoluir no seu modelo. É a esperança da estrutura para encurtar a distância desportiva para os ‘grandes’”, avaliou.

Se os minhotos viram chegar Paulo Oliveira (ex-Eibar) e Tiago Esgaio (ex-Belenenses SAD), o brasileiro Lucas Mineiro (ex-Gil Vicente) e o espanhol Mario González (ex-Tondela) no defeso, Ricardo Esgaio, habitual titular na ala direita, voltou ao Sporting.

“Os treinadores preferem sempre falar naquilo que vai entrar, mas, fundamentalmente, é muito importante não perder e isso parece-me mais difícil. O que se perspetiva não é que o Braga se reforce, mas que perca algum dos seus atletas. É inevitável. Qualquer clube em Portugal tem necessidade de vender e o Sporting de Braga não é exceção”, admitiu.

José Nuno Azevedo confia que os ‘arsenalistas’ “repitam e até melhorem” o desempenho de 2020/21, assinalado pela terceira conquista da Taça de Portugal, o quarto lugar na I Liga, uma final perdida da Taça da Liga e nova eliminação nos 16 avos da Liga Europa, desde que agreguem “alternativas que permitam ter uma equipa sempre competitiva”.

“Quando o Braga deixou de ter essa densidade competitiva, quebrou. Talvez se acentuou o desgaste que os jogadores tiveram nesse período mais forte e isso provocou algumas lesões. Com o plantel atual, é muito difícil em determinadas alturas da época ser uma equipa tão consistente como os clubes com maiores opções poderão fazer”, ressalvou.

Sem detetar adversários com solidez suficiente para replicar “a breve trecho” a evolução gradual do Sporting de Braga, o ex-defesa, de 52 anos, considera que o conjunto de Carlos Carvalhal deve continuar a aproximar-se do topo “com respeito e humildade”.

“É verdade que tem consolidado uma posição no campeonato, mas não poderá ter a arrogância de pensar que os outros não podem crescer. Todos os anos há equipas que aparecem, eventualmente de forma esporádica, mas o clube tem de perceber que existe gente a trabalhar muito bem e capaz de dificultar a hegemonia do quarto lugar”, alertou.

Além da “expectativa enorme” criada em Guimarães com a entrada do treinador Pepa, José Nuno Azevedo valoriza os “trabalhos de continuidade” de Santa Clara e Gil Vicente ou “eventuais surpresas” por parte de Moreirense e Famalicão, sempre na perspetiva de “posições e resultados que, em princípio, não seriam para eles, mas podem acontecer”.

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