O FC Porto regressou hoje com simplicidade aos triunfos na I Liga de futebol, praticamente uma semana depois do empate frente ao Marítimo, ao derrotar em casa o recém-promovido Arouca, por 3-0, em encontro da quarta jornada.
No Estádio do Dragão, os golos do colombiano Matheus Uribe, aos 24 minutos, do iraniano Mehdi Taremi, aos 34, e do espanhol Iván Marcano, aos 63, refletiram o domínio dos ‘dragões’, que contradisseram com uma exibição em crescendo os sinais de quebra de rendimento na segunda parte das visitas a Famalicão (2-1) e Marítimo (1-1).
O FC Porto subiu provisoriamente à liderança da I Liga, com os mesmos 10 pontos do Estoril Praia, antes do clássico com o campeão nacional Sporting, logo após a paragem para os compromissos das seleções, ao passo que o Arouca é, para já, 14.º, com três.
Sem Jesús Corona nos convocados e com o reforço Wendell a entrar perto do fim, Sérgio Conceição manteve Iván Marcano adaptado ao corredor esquerdo e voltou a contar no meio-campo com Otávio, que passara a semana a debelar uma entorse no tornozelo.
Armando Evangelista também repetiu os titulares da vitória diante do Famalicão (2-1) e apostou desde cedo numa estratégia expectante, mantendo o jogo intricado ao longo do primeiro quarto de hora, no qual apenas Luis Díaz visou a baliza de Fernando Castro.
O FC Porto controlava as operações e demorava a acelerar no último terço, mas desfez a resistência do Arouca aos 24 minutos, quando o árbitro Hélder Malheiro conferiu a lei da vantagem numa falta de Leandro sobre Toni Martínez e o esférico sobrou para Matheus Uribe, que jogou na direita com Otávio e atirou a contar sem oposição em plena área.
A vantagem acentuou a tendência que se observava até então, com os ‘canarinhos’ a acusarem o golpe anímico e os ‘dragões’ a ensaiarem novos festejos com um desvio falhado de Marcano, aos 30 minutos, e uma tentativa acrobática de Otávio, aos 31.
Mais eficaz esteve Mehdi Taremi três minutos depois, ao ser lançado por Luis Díaz na esquerda e correr isolado para a baliza de Fernando Castro, beneficiando da proteção defeituosa do primeiro poste pelo guarda-redes para se estrear a marcar em 2021/22.
Os visitantes perdiam cada vez mais consistência em zonas recuadas e raras vezes articularam contra-ataques até ao intervalo, traduzindo essa curta desenvoltura em ‘tiros’ de longe de Eugeni, aos 40 minutos, e Bukia, aos 45+3, sem assustar Diogo Costa.
Disposto a retificar o desnorte na segunda etapa, o conjunto de Armando Evangelista continuou sem soluções atacantes e foi destapando alguns espaços atrás, onde o irreverente Luis Díaz pecou na emenda a um passe de Mehdi Taremi, aos 50 minutos.
Sérgio Conceição reconfigurou a estrutura tática na última meia hora, com as entradas do reforço Pepê e do promissor Vítor Ferreira, que voltou a jogar oficialmente pelo FC Porto mais de um ano depois, e viu qualquer dúvida no marcador dissipada aos 63 minutos.
Otávio bateu um livre na direita, Pepe desviou ao segundo poste e Iván Marcano faturou com o peito, voltando a marcar ao fim de ano e meio, no ocaso de um resultado quase avolumado por Pepê, não fosse um golo anulado, aos 68 minutos, e Luis Díaz, aos 74.
No lado oposto do relvado, Diogo Costa ainda teve de afastar com aperto um livre de Eugeni, aos 68 minutos, e esticar-se perante uma incursão perigosa de Oday Dabbagh, aos 87, na única oportunidade do Arouca, quando tudo estava mais do que sentenciado.