Um golo do defesa Pedro Porro, de grande penalidade, aos 90+7 minutos, deu hoje uma sofrida vitória ao Sporting, por 1-0, na receção Marítimo, em jogo da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Depois de ter dado o triunfo, também de grande penalidade, na jornada anterior, na deslocação ao terreno do Estoril Praia, Pedro Porro voltou a dar os três pontos aos ‘leões’, que se isolaram no segundo lugar e aproximaram-se do líder Benfica, de forma provisória.
Num jogo marcado pela grande ineficácia do campeão nacional, que teve 25 remates à baliza maritimista, mas apenas sete enquadrados, o golo só surgiu de grande penalidade, muito por culpa dos postes (duas bolas) e do guarda-redes do Marítimo, Paulo Victor, que até defendeu por reflexo, com o pé, aos 89 minutos, um remate de Tiago Tomás.
No regresso de Feddal ao ‘onze’ inicial, depois de ter sido suplente de Matheus Reis na Amoreira, embora o Sporting tenha entrado mais dominador, o Marítimo foi procurando condicionar a primeira fase de construção dos ‘leões’ e, aos 21 minutos, viu Xadas fazer passar a bola muito próxima da baliza de Antonio Adán.
Na resposta, o guarda-redes Paulo Victor ‘roubou’ o golo a Nuno Santos, depois de um cruzamento de Porro, na direita, com o avançado do Sporting, na zona de penálti, a rematar de forma enrolada e a permitir a defesa para canto.
Se pelo meio o Sporting não estava a ter sucesso, passou apostar nos ataques pelos flancos e aí os insulares ‘tremeram’. Aos 26 minutos, novamente Nuno Santos, após um grande passe de Sarabia, ‘picou’ a bola por cima de Paulo Victor, mas esta, teimosamente, roçou na parte de cima.
O Sporting colocou pressão no jogo, assumiu a posse de bola e, aos 36 minutos, Nuno Santos voltou a estar perto de fazer o golo inaugural, depois de ter sido assistido por Sarabia, e de ângulo difícil, atirou para China cortar na zona frontal.
O espanhol parecia disposto a ‘mostrar serviço’ e, aos 41 minutos, com um remate de pé esquerdo e de fora da área, obrigou Paulo Victor a voar e a desviar a bola por cima da trave.
A igualdade ao intervalo castigava a ineficácia do Sporting e, simultaneamente, colocava em evidência o trabalho do guarda-redes do Marítimo.
A abrir a segunda parte, o Sporting, por intermédio de Coates, aos 49 minutos, e depois Palhinha, aos 56, voltou a estar perto do 1-0. Para agitar, o Sporting retirou o ‘apagado’ Rúben Vinagre, aos 58, colocou em campo Tiago Tomás, e fez recuar para a ala esquerda Nuno Santos, para ter um maior ataque à profundidade pelos flancos, já que do lado direito Pedro Porro estava bastante ativo.
Com o avançar do cronómetro, o público revelava impaciência e exigia a exibição do cartão amarelo para cada falta sofrida pelos jogadores do Sporting.
Aos 74 minutos, Porro levou a bola a bater no poste, depois de uma jogada de Jovane Cabral na esquerda, que tinha rendido Sarabia.
O Sporting tentava de todas as formas, o Marítimo, apesar de ter muitos homens no seu último terço do terreno, sentia fortes dificuldades a defender, sobretudo pelas ações diretas dos jogadores os campeões nacionais.
Na ponta final do jogo, Rúben Amorim colocou em campo Bruno Tabata e Ricardo Esgaio, para os lugares de Palhinha e Neto, respetivamente, balanceando a equipa para o ataque.
Aos 86 minutos, Jovane Cabral perdeu a bola na área do Marítimo. A reação natural dos treinadores seria reagir negativamente à situação. Rúben Amorim não. Incentivou a equipa para continuar a atacar, mandou avançar Coates para a posição de ponta-de-lança. Sinal de que acreditava na vitória.
Aos 90+4 minutos, Paulo Victor derrubou Jovane na área dos insulares. O árbitro bracarense João Pinheiro, que tinha dado oito minutos de compensação, assinalou grande penalidade e exibiu o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho ao guarda-redes.
Sem possibilidade de fazer alterações, o treinador Júlio Velásquez colocou Edgar Costa na baliza, mas, na conversão, aos 90+7 minutos, Pedro Porro deu os três pontos ao Sporting e fez respirar de alívio os 18.741 espetadores presentes em Alvalade.
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