Macau detetou mais dois infetados com covid-19, somando agora 70 casos desde o início da pandemia, anunciaram hoje as autoridades em conferência de imprensa, numa altura em que o território terminou a testagem massiva à população.
Das quase 690 mil pessoas testadas desde sábado, o resultado foi negativo para mais de 673 mil, mas em cinco dias as autoridades detetaram a infeção com o novo coronavírus em cinco seguranças de hotéis onde decorrem quarentenas obrigatórias para quem chega a Macau.
Num dos hotéis, mais de 150 pessoas que aí cumpriam a quarentena vão ser transferidas, por prevenção, com o período de isolamento a ser estendido em alguns dos casos.
Atualmente, mais de 2.700 pessoas estão em isolamento em hotéis de Macau, das quais mais de 1.500 em estabelecimentos designados pelo Governo.
As autoridades anunciaram ainda que foi definida mais uma zona de código amarelo, com os residentes a serem sujeitos a pelo menos mais um teste, sendo que estas não podem sair das suas habitações antes de ser conhecido o resultado.
A testagem à covid-19 a toda a população foi determinada na sexta-feira, após terem sido detetado os primeiros dois casos entre os seguranças.
Mais de 800 pessoas foram também colocadas em quarentena por terem percursos idênticos aos primeiros dois seguranças diagnosticados.
Esta é a segunda vez que o território organiza testes em massa.
Em agosto, após a deteção de quatro casos da variante delta do novo coronavírus, todos na mesma família, o Governo de Macau também decretou o "estado de emergência imediata" e testou toda a população. Nenhum caso foi então detetado.
Macau não registou qualquer morte associada à doença ou infetados entre os profissionais de saúde desde o início da pandemia.
Pouco mais de metade da população está vacinada, apesar de a administração gratuita da vacina estar disponível há mais de meio ano.
A resistência à vacina em Macau levou mesmo as autoridades sanitárias a determinarem que os trabalhadores de Macau, nos setores público ou privado, ficam obrigados a fazer um teste à covid-19 a cada sete dias, caso não estejam vacinados.
A covid-19 provocou pelo menos 4.744.890 mortes em todo o mundo, entre 231,74 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.