A velocista nigeriana Blessing Okagbare, suspensa por doping com hormona de crescimento no dia das meias-finais dos 100 metros de Tóquio-2020, também acusou positivo para EPO, anunciou hoje a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
Blessing Okagbare, de 32 anos, vice-campeã olímpica de salto em comprimento em Pequim2008, testou positivo para EPO após a reanálise de uma amostra retirada de uma competição realizada na Nigéria em 20 de junho, refere em comunicado a AIU.
O órgão independente responsável, entre outras coisas, pela luta contra o doping no atletismo desde 2017, acusa ainda a atleta nigeriana de uma terceira violação da regra antidoping, pela sua “recusa em cooperar” durante a investigação.
O organismo acusa Blessing Okagbare de não ter fornecido “alguns documentos, arquivos e discos rígidos essenciais” à investigação, o que a atleta nega, pelo que o caso, de acordo com o comunicado, “será levado ao tribunal disciplinar”.
Okagbare integrou nesta temporada um grupo de alto nível baseado na Florida e treinado pelo norte-americano Rana Reider, que contou, entre outros, com Trayvon Bromell e o recente campeão olímpico canadiano nos 200 metros Andre de Grasse.
A atleta nigeriana, que se encontrava apurada para as meias-finais dos 100 metros de Tóquio2020, foi retirada dos Jogos e suspensa preventivamente com efeitos imediatos por doping no próprio dia da realização da sua série, em 31 de julho.
O controlo antidoping realizada a Blessing Okagbare, em 19 de julho, acusou a utilização de uma hormona de crescimento, e a suspensão impediu a atleta de participar nas semifinais, para as quais se tinha qualificado com o tempo de 11,05 segundos.