A Rússia registou 34.325 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, marcando o quinto dia consecutivo com números recorde de infetados desde o início da pandemia, informaram hoje as autoridades de saúde do país.
No mesmo período, foram contabilizadas 998 mortes causadas pela doença, enquanto 16.431 pacientes receberam alta dos hospitais.
Moscovo, que se mantém como o principal foco da infeção no país, registou 69 mortes e 6.823 casos, um novo máximo diário de caso de covid-19.
O presidente da câmara da capital russa, Sergei Sobianin, admitiu que o agravamento da situação epidémica pode forçar a adoção de algumas restrições temporárias, embora tenha descartado a hipótese de paralisação da atividade económica.
Para acelerar a deteção de infeções, as autoridades de Moscovo anunciaram hoje a abertura de 30 novos centros de rastreio, além dos 20 já existentes, nos quais os cidadãos podem fazer um teste rápido e gratuito para saber se estão infetados com o coronavírus Sars-Cov-2, sendo que o resultado é dado em 15 minutos.
“Pela primeira vez permitimos a realização de testes nas estações que ligam os transportes [públicos]” pelo que, “agora, os cidadãos poderão fazer as análises no seu caminho para o trabalho”, afirmou a vice-presidente da câmara de Moscovo, Anastasía Rákova.
Em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia, registaram-se, nas últimas 24 horas, 65 mortes por covid-19 e 3.097 novos casos de infeções.
Até agora, o número acumulado de mortes por covid-19 na Rússia é de 224.310, embora os números oficiais que relacionam o excesso de mortes neste período apontem para o triplo de óbitos causados pela pandemia.
A Rússia já ultrapassou os oito milhões de casos de covid-19, tornando-se o quinto país do mundo com mais pessoas infetadas, atrás dos Estados Unidos, da Índia, do Brasil e do Reino Unido.
As autoridades do país pedem repetidamente à população para se vacinar, mas a campanha de imunização avança lentamente, apesar de a Rússia ter vacinas produzidas no próprio país.
As estatísticas oficiais indicam que apenas 47,5 milhões de pessoas, ou seja, 32,5% da população da Rússia, receberam as duas doses de vacina.
A Duma, câmara baixa do parlamento russo, incluiu hoje na sua agenda de discussão a possibilidade de aprovar um projeto de lei para incluir a vacina contra a covid-19 no calendário nacional de vacinação profilática.
Segundo o Ministério da Saúde, a aprovação dessa iniciativa legislativa não afetará, no entanto, o caráter voluntário da vacinação.
A covid-19 provocou pelo menos 4.878.719 mortes em todo o mundo, entre mais de 239 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência francesa de notícias AFP.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus Sars-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.