A economia deveria sofrer uma "mudança radical" para colocar a saúde no centro da política após a pandemia da covid-19, afirmaram hoje especialistas da OMS, num mensagem à cimeira do G20, que se realiza esta semana em Roma.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia mostrou as graves desigualdades de acesso à saúde.
Especialistas disseram que atualmente a taxa de vacinas anti-covid-19 administradas nos países ricos (133 por 100 habitantes) é mais de 30 vezes superior à das nações mais pobres (quatro por 100).
“Mas o mundo continua com os mesmos paradigmas económicos, sem mudar as estruturas financeiras”, afirmaram os especialistas, que se reuniram hoje no Conselho de Economia e Saúde para Todos, órgão criado em 2020 pela OMS para enfrentar esse tipo de desigualdade em questões de saúde.
A cimeira de Roma (29 a 31 de outubro) “é uma janela de oportunidade para mudar radicalmente de curso”. Nomeadamente o financiamento para o setor de saúde deverá ser aumentado e a gestão desses fundos deve ser realizada “de forma mais direta e eficiente”, sublinhou o Conselho.
"A pandemia mostrou que o financiamento dos sistemas de saúde deve ser radicalmente modificado para proteger e promover a saúde de todos", resumiu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, num comunicado.