Ricardo Santos foi o único profissional português a jogar abaixo do Par no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, mas Vítor Lopes, Tomás Gouveia, Pedro Figueiredo e Filipe Lima também tiveram uma boa estreia no Portugal Masters.
Num dia em que o sol brilhou e o vento soprou, o traçado de Par 71 e ‘greens’ rápidos foi um desafio algo inesperado para os 107 jogadores que estão a disputar a 15.ª edição do Portugal Masters, torneio do European Tour que decorre até domingo no Algarve, entre os quais seis portugueses.
A armada nacional, ainda assim, não comprometeu as expetativas e manteve em aberto a manutenção em prova, que será decidida sexta-feira, dia de apurar os 65 melhores e empatados para os derradeiros 36 buracos.
Na primeira volta o melhor foi Ricardo Santos, o único português a garantir o acesso direto ao torneio dotado de 1,5 milhões de euros em prémios monetários e, este ano, novamente aberto ao público, após as restrições impostas em 2020, devido à pandemia de covid-19.
Com um primeiro ‘score’ de 70 pancadas, uma abaixo do Par, o algarvio colocou-se na 31.ª posição do ‘leaderboard’, empatado, depois de anotar dois ‘birdies’ (uma abaixo) nos buracos 2 e 12 e um ‘bogey’ (uma acima) no 5.
“Não tive grandes oportunidades para ‘birdie’ e as que tive concretizei. Cometi um erro no buraco 5, foi pena, mas acho que foi único durante a volta de hoje. No buraco 4 dei um bom ‘drive’, não executei o melhor ‘shot’ ao ‘green’, fiz Par e no 5 acabei por fazer três ‘putts’ para ‘bogey’. Tirando isso, não consegui ter muitas oportunidades e a verdade é que os buracos mais difíceis estavam com vento contra, o que complica um bocado”, comentou no final o jogador natural de Faro.
Ricardo Santos chegou a estar com duas abaixo do Par até ao buraco 13, mas, apesar de ter perdido um ‘shot’, ficou “satisfeito com o resultado” final e com a forma como geriu o jogo, que o coloca dentro do ‘cut’ provisório, fixado nas 72 pancadas (+1).
Não tão felizes quanto o algarvio, Vítor Lopes, Tomás Gouveia e Pedro Figueiredo, todos com o Par do campo no final dos 18 buracos, colocaram-se igualmente em boa posição para assegurar a continuidade em prova.
“Não foi um dia famoso, mas também não foi uma volta má. Estive bastante consistente do ‘tee’ ao ‘green’, falhei alguns ‘putts’, não fiz muitos ‘birdies’ e fiz um ‘chip in’ [buraco 8]. Não concretizei muito as oportunidades, mas, ainda assim, acho que foi uma volta minimamente sólida e que me dá confiança para amanhã [sexta-feira]”, afirmou Figueiredo, que está a jogar no Victoria Golf Course pela manutenção no European Tour na próxima temporada.
Além de reconhecer que, neste momento, “o maior desafio são os ‘greens’ rápidos”, Figueiredo está confiante numa boa exibição, na sexta-feira, para se colocar “em boa posição para o fim de semana.”
Enquanto Vítor Lopes lembrou que com o Par do campo “não fica fora da corrida, depois de um dia muito sólido, mas em que podia ter feito melhor”, Tomás Gouveia defendeu ter jogado “bem, especialmente nos 11 primeiros buracos”, onde ‘patou’ bem, antes de cometer um erro no buraco 12, colocando a bola na água no segundo ‘shot’.
Apesar de ter “perdido um bocadinho da confiança, o Par do campo não é mau, não compromete e uma boa volta sexta-feira permite continuar a jogar no fim de semana”, acrescentou o irmão mais novo de Ricardo Melo Gouveia, o grande ausente português do Portugal Masters, que está a jogar, esta semana, a grande final do Challenge Tour em Maiorca.
Filipe Lima, por sua vez, está no limite do ‘cut’ com 72 ‘shots’ e, apesar ter jogado pouco esta época, confessou ter sentido “boas sensações” e feito “uma volta muito sólida, só com dois erros”, num dia em que o amador Pedro Clare Neves foi o menos feliz entre os representantes nacionais, ao entregar um primeiro cartão com 78 pancadas (+7).