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O autocarro que transportava a selecção do Togo foi hoje metralhado em Cabinda, um dos “palcos” da Taça das Nações Africanas de Angola 2010, tendo morrido o condutor e feridos seis pessoas, entre as quais dois futebolistas.
O vice-presidente da Federação de Futebol do Togo, Gabriel Ameyi, informou que o guarda-redes Obilale Kossi e o central Serge Akakpo estão entre os feridos.
A “estrela” da equipa, o avançado do Manchester City Emmanuel Adebayor, não ficou ferido, segundo informação prestado pelo clube no seu site oficial.
“Eles não deveriam ter viajado por estrada. Eles deveriam ter viajado por avião para Angola”, referiu Ameyi em declarações prestada em Lomé.
O atentado ocorreu pouco depois de terem sido cumpridas as formalidades alfandegárias na fronteira entre o Congo e o enclave de Cabinda, em Angola, onde o Togo vai jogar dois jogos do Grupo B.
O Togo devia estrear-se segunda-feira na CAN2010 frente à selecção do Gana, em Cabinda.
“Fomos metralhados como cães. Eles estavam armados até aos dentes… estivemos 20 minutos deitados por baixo dos assentos do autocarro”, explicou Thomas Dossevi, jogador do Nantes de França, em declarações à cadeia de televisão francesa Infosport.
“Nós não queremos jogar nesta Taça de África das Nações. Pensamos nos nossos colegas e ser atingido por balas quando apenas queremos jogar futebol é chocante”, acrescentou Dossevi.
Cabinda, a mais rica região petrolífera de Angola, tem sido assolada por conflitos armados. A guerra anti-colonial foi declarado no território nos anos 60 e a guerra civil, opondo um movimento separatista e as autoridades angolanas, eclodiu após a independência do país.
