Crónica: Vizela e Estoril Praia empatam em jogo com golos saídos dos bancos

Depois de uma primeira parte lenta, sem lances dignos de nota, a equipa minhota aproveitou a dupla alteração após o intervalo para se adiantar aos 53 minutos, por Samu, e a formação da ‘linha’ de Cascais respondeu com uma tripla alteração, aos 63, que viria a culminar no golo do empate, cinco minutos volvidos, num segundo tempo intenso.

Sem derrotas no campeonato há cinco jornadas consecutivas, o Estoril Praia isolou-se provisoriamente no quarto lugar, com 20 pontos, ao passo que os vizelenses, ainda sem vitórias desde a segunda jornada, quando se impuseram ao Tondela (2-1), estão no 13.º lugar, com 10.

O ‘nulo’ ao intervalo foi um desfecho natural para uma primeira parte ‘amarrada’, sem a velocidade e a criatividade necessárias para originar perigo junto das balizas, apesar da maior iniciativa minhota frente a um Estoril Praia ‘compacto’ sem a bola.

A equipa treinada por Álvaro Pacheco rematou mais – seis vezes contra duas -, através, por exemplo, de Koffi, aos minutos seis e 29, e de Nuno Moreira, aos minutos oito e 31, mas saíram ou à figura do guarda-redes Daniel Figueira ou para fora.

A equipa da ‘linha’, que até teve mais bola na primeira metade (55% contra 45%), só colocou o guardião Charles à prova ao minuto 44, num cabeceamento de Bruno Lourenço.

O jogo mudou de feição mal arrancou a segunda parte, com as trocas de Nuno Moreira e de Evrard Zag por Kiko Bondoso e Samu, jogador que assistiu Schettine para a primeira oportunidade do Vizela após o reatamento, ao minuto 48, em que Daniel Figueira travou o remate do ponta de lança.

Cinco minutos depois, o guarda-redes esteve na origem do golo inaugural, ao ceder à pressão de Samu quando procurava uma linha de passe para repor à bola, o que permitiu ao médio vizelense recém-entrado encostar para a baliza deserta.

A equipa trajada de azul manteve o ‘pé no acelerador’ e o outro jogador saído do banco após o intervalo, Kiko Bondoso, atirou para o fundo das redes ao minuto 59, mas a bola estava fora das ‘quatro linhas’ quando Schettine fez a assistência.

Com as três alterações ao minuto 63, que ditaram as entradas de Francisco Geraldes, de Chiquinho e de André Clóvis, a equipa treinada por Bruno Pinheiro subiu de rendimento e igualou cinco minutos depois, precisamente pelo ponta de lança recém-entrado, com um remate indefensável para Charles, após isolado por André Franco.

O conjunto de Cascais aproveitou o ‘embalo’ da igualdade para pressionar mais a defesa vizelense em busca do segundo golo, mas os anfitriões também continuaram a tentar o ataque sempre que podiam, embora sem chegar ao golo, ora por erros no último passe, ora por adversários que se interpunham no caminho dos remates.