A taxa de incidência acumulada na Alemanha nos últimos sete dias atingiu hoje um novo máximo desde o início de pandemia, com 201,1 casos de covid-19 por 100.000 habitantes, informou o Instituto Robert Koch.
O pico anterior era de 197,6 contágios por 100 mil habitantes, registado em 22 de dezembro de 2020, em plena segunda vaga da pandemia no país.
Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias alemãs contabilizaram 15.513 novos casos e 33 mortos, elevando o total de casos ativos para 306.000.
A taxa de vacinação no país é inferior a 70%, o que levou as autoridades a apelaram à vacinação da população, nos últimos dias.
"Para os não vacinados, há um risco elevado de serem infetados nos próximos meses", advertiu o chefe do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, Lothar Wieler, na semana passada.
O estado da Saxónia tem a maior incidência acumulada na Alemanha, com 491,3 novas infeções por 100.000 habitantes, o dobro do resto do país, de acordo com os dados hoje atualizados.
Em resposta à nova onda de infeções, as autoridades da Saxónia anunciaram que vão restringir o acesso a restaurantes e eventos em recintos fechados, passando a exigir a partir de hoje apresentação de um certificado de vacinação ou de recuperação da doença.
No sábado, milhares de pessoas manifestaram-se em Leipzig, a maior cidade da Saxónia, contra as medidas anunciadas, o que provocou confrontos entre os manifestantes e a polícia, tendo sido detidas 24 pessoas.
O estado da Baviera também já anunciou que vai aplicar medidas mais rígidas, devido à elevada taxa de ocupação das unidades de cuidados intensivos.
Segundo a informação, passa a ser obrigatório apresentar o resultado de um teste PCR para entrar em determinados espaços e será obrigatório usar máscaras FFP2.
O aumento dos casos surge numa altura de incerteza política na Alemanha, desde as eleições parlamentares de setembro.
Os partidos que estão a negociar uma nova coligação para formar governo até dezembro excluíram até agora a possibilidade de imporem a vacinação obrigatória.
A covid-19 provocou pelo menos 5.042.330 mortes em todo o mundo, entre mais de 249,43 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.