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Ciclismo: Pedro Bento vai subir o Everest de bicicleta para ajudar nepaleses desfavorecidos

O atleta almeirinense Pedro Bento prepara-se para subir o Everest, no Nepal, em bicicleta, em “mais uma aventura humanitária”, desta vez para reunir 3.000 euros para assegurar 10.000 refeições a nepaleses sobreviventes do terramoto de 2015.

Ciclismo: Pedro Bento vai subir o Everest de bicicleta para ajudar nepaleses desfavorecidos
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Em 2019, Pedro Bento pedalou de Almeirim (no distrito de Santarém) até Katmandu, reunindo 11.000 euros que entregou, em parte, aos Bombeiros Voluntários de Almeirim, em agradecimento pelo apoio recebido na sequência do acidente grave que sofreu em abril de 2017, e também ao projeto "Dreams of Katmandu", do português Pedro Queirós.

Pedro Bento disse à Lusa que, após nova lesão em dezembro de 2020, também na sequência de uma queda, vai partir de novo, no próximo dia 19, rumo ao Nepal para mais uma “Bakonbike”, nome que atribuiu às suas “aventuras humanitárias”, desta vez com o objetivo de fornecer 10.000 refeições à comunidade acolhida no Campo Esperança, após o terramoto de 2015, e que se foi instalando em aldeias da região.

“Neste momento, o projeto ‘Dreams of Katmandu’ apoia, sobretudo, crianças desfavorecidas (…) e algumas necessidades do povo nepalês, ou seja, as famílias que saíram do Campo Esperança e se foram espalhando (…). Algumas crianças ficaram em orfanatos, outras pessoas ficaram sem casa e o projeto vai apoiando estas pessoas de uma forma muito direta, sem intermediários”, na educação, na construção de casas, na alimentação, disse.

Nesta nova aventura, Pedro Bento propõe-se percorrer a distância entre Katmandu, capital do Nepal, e o Campo Base do Everest em duas semanas, etapa que afirma ser difícil não tanto pela distância (cerca de 450 quilómetros), mas pela altitude, já que irá subir até aos 5.364 metros de bicicleta e sem qualquer apoio.

Nascido da antiga associação Obrigada Portugal, que apoiou, desde o início, as populações afetadas pelo terramoto de 2015, que fez milhares de mortos no Nepal, o projeto “Dreams of Katmandu” continua presente naquele território, tendo Pedro Bento associado o seu "Bakonbike" ao esforço de melhoria das condições de vida daquelas pessoas, disse.

O apoio é dado por uma “comunidade de 3.000 a 4.000 pessoas” que segue as suas aventuras no Facebook e que contribui com donativos para concretizar os objetivos que se coloca, realçando Pedro Bento que custeia ele próprio as suas despesas, de forma a que os contributos sejam todos canalizados para fins humanitários.

Quem quiser contribuir, pode saber como fazê-lo através das páginas pessoais de Pedro Bento e de Pedro Queirós ou dos seus projetos "Bakonbike" e "Dreams of Katmandu" no Facebook, nas quais podem seguir todas as fases da aventura e ter acesso aos comprovativos de uso das verbas angariadas, afirmou.

Pedro Bento, 42 anos, sofreu um acidente de moto em 01 de abril de 2017 quando fazia o reconhecimento do percurso para uma prova de BTT que se realizava no dia seguinte.

Contra todas as previsões, não só não ficou em cadeira de rodas, como conseguiu recuperar fisicamente a ponto de voltar a uma prática desportiva que lhe tinham dito que nunca mais iria fazer.

Ainda em recuperação, em dezembro de 2020 teve novo acidente, uma queda de bicicleta que lhe provocou lesões na omoplata, clavícula e numa costela, o que dificultou a preparação para este novo desafio, disse.

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