A Associação das Ligas Europeias de futebol e duas organizações de adeptos acordaram hoje um conjunto de princípios para a proteção e desenvolvimento sustentável das competições nacionais e internacionais de clubes.
O acordo baseia-se em princípios como a proteção do ‘ambiente’ futebolístico nacional, com base no diálogo entre ligas e adeptos, inclusão e diversidade e boa governança.
A associação europeia, a Football Supporters Europe e a Supporter Direct Europe mostram-se favoráveis a alterações no formato das competições internacionais de clubes, desde que estejam salvaguardados os calendários nacionais, pois consideram que “se os órgãos reguladores permitirem um grande crescimento das competições internacionais de clubes e seleções, o equilíbrio competitivo das ligas nacionais será distorcido”.
Os signatários do acordo defendem que a qualificação para competições internacionais de clubes deve ser “obtida em campo” e não ser baseada em “coeficientes do clube”.
Em termos financeiros, o documento defende uma compensação às competições nacionais pelos períodos de paragem para jogos internacionais e “uma divisão justa de todas as receitas”.
No que se refere às competições nacionais, as três entidades mostram-se empenhadas em contribuir para a criação de um “ambiente seguro, para que os adeptos dos clubes da casa e visitantes desfrutem do espetáculo em pleno” e defendem os valores da inclusão e da diversidade.
O secretário-geral adjunto da Associação das Ligas Europeias, Alberto Colombo, classificou o acordo de “muito significativo”, afirmando: “Os adeptos estão totalmente alinhados connosco na defesa das ligas nacionais contra a expansão das competições internacionais (tanto de clubes como de seleções)”.
O responsável referiu ainda que o acordo contribuirá para “uma gestão mais sustentável da indústria do futebol através de uma redistribuição mais justa e também mais controlada dos recursos económicos entre os vários clubes”.