A Figueira da Foz acolhe, no rio Mondego, a grande final do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de Motonáutica, entre os dias 25 e 28 de novembro, com a participação de pilotos de 10 países.
Segundo o presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica, Paulo Ferreira, a prova vai contar com a participação de 18 barcos, que vão competir em duas corridas, nos dias 26 e 28.
Cada prova, realizada integralmente numa pista no rio Mondego, tem a duração de 45 minutos, nas quais os catamarãs podem atingir velocidades em reta de 250 quilómetros/hora.
“O que nos espera é um fim de semana de muita adrenalina e de muito trabalho também”, disse o dirigente, revelando que a pista “está homologada para receber a Fórmula 1 pela União Internacional de Motonáutica 2025, o que é muito bom para a Figueira da Foz”.
O evento acarreta uma logística “muito grande” de cerca de 200 pessoas, de várias nacionalidades, desde China à Inglaterra e Noruega, adiantou o presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica.
“Só para a equipa de resgate são oito pessoas de fora do país, com barcos especializados. Todo o contingente de segurança e plano de resgate é fortíssimo”, sublinhou Paulo Ferreira.
A prova representa um investimento de meio milhão de euros e conta com a comparticipação do município da Figueira da Foz, que hoje aprovou um apoio monetário para a iniciativa na ordem dos 100 mil euros.
Esta tarde, na conferência de imprensa de apresentação do evento, o presidente da Câmara figueirense frisou que “tudo o que sirva para reforçar a ligação e identidade da Figueira da Foz como concelho que vive umbilicalmente ligado ao mar, ao rio e às lagoas é importante”.
“Esta iniciativa, que é de grande envergadura, que exige um esforço grande de organização, contribuirá certamente para dinamizar a economia local, para trazer muitas pessoas, que é a nossa política para quebrar a sazonalidade da procura desta terra”, realçou Pedro Santana Lopes.
Confrontado com a organização de um evento com pouco tempo de antecedência, o autarca justificou que a opção era a “prova ir para outro sítio, mais a norte, ou eventualmente não se realizar”.
“Para a Figueira da Foz, dentro de limites que considero comportáveis, entendemos que valia a pena o esforço”, frisou o autarca, salientando que há poucos dias renovou o contrato de um grande evento dentro da cidade no verão, que “não tem o eco internacional deste e com um orçamento bem maior”.
Na reunião de Câmara desta manhã, a oposição criticou o executivo do independente Santana Lopes pela realização desta prova com tão pouco tempo de antecedência e a atribuição de um apoio que estimam poder atingir os 150 mil euros.