O Benfica fez hoje história na Liga dos Campeões femininos de futebol, ao conseguir a primeira vitória na fase de grupos, com um triunfo (2-1) na casa do Häcken, ‘arrancado’ com um golo nos descontos.
Em Gotemburgo, em encontro da quarta jornada do Grupo D, as ‘encarnadas’ tiveram um justo prémio sobre o final, com o golo de Catarina Amado, aos 90+1 minutos, na sequência de um livre marcado pela aniversariante (19 anos) Kika Nazareth.
Melhores ao longo de todo o jogo, as comandadas de Filipa Patão marcaram logo aos três minutos, pela canadiana Cloé Lacasse, e tiveram várias oportunidades para chegar ao segundo golo, mas não foram eficazes e acabaram por oferecer o empate.
Aos 74 minutos, e sem qualquer necessidade, Christy Ucheibe colocou o braço direito na bola – que iria parar às mãos de Leticia – e, como no Seixal, as suecas marcaram de penálti, este existente, por Elin Rubensson.
Mesmo tendo acusado o tento, o Benfica ainda teve, no entanto, força para ir em busca da vitória, que vale, para já, a subida ao terceiro lugar do agrupamento e mantém vivo o sonho – embora muito difícil de concretizar – da presença nos ‘quartos’.
Em relação ao jogo de há uma semana no Seixal, Filipa Patão trocou Silvia Rebelo, Beatriz Cameirão e Marta Cintra por Ana Seiça, Ana Vitória, Valéria Cantuário, enquanto o Häcken também entrou com três novidades (Beata Kollmats, Julia Karlenäs e Stine Larsen, em vez de Emma Kullberg, Julia Olme e Stina Blackstenius).
A formação ‘encarnada’, em 4-3-3, entrou muito bem no jogo, com um grande remate da aniversariante Kika Nazareh, que Falk defendeu para canto, do qual nasceu o golo, aos três minutos, por Cloé Lacasse, depois de vários remates cortados pela defesa.
Com o seu primeiro golo na ‘Champions’, o Benfica manteve-se tranquilo e muito bem defensivamente, só permitindo dois cabeceamentos, de Gejl (sete minutos) e Karlenäs (14), este perigoso, a rasar o poste esquerdo, após livre de Rubensson.
Também de bola parada, aos 20 minutos, Kika assustou as suecas, num livre que ninguém logrou desviar, sucedendo-se, até ao intervalo, remates sem grande perigo, de Karlenäs (33), para as suecas, e Ucheibe (33), Pauleta (36) e Ana Vitória (43), para as ‘encarnadas’, este último num livre direto que saiu pouco ao lado.
Quase em cima do intervalo, o Häcken voltou a imperar nas alturas, com remates de cabeça de Larsen (44 minutos) e Kollmats (45+1), ambos ao lado do alvo.
Depois do intervalo, e de um susto inicial com um remate de Kaneryd que obrigou Leticia a aplicar-se, o Benfica teve duas soberanas ocasiões para chegar ao segundo golo, mas Pauleta (51 minutos) e Cloé Lacasse (53) não acertaram na baliza.
Ana Vitória (60 minutos) e Catarina Amado (62) também tentaram, perante um Häcken cada vez mais ‘desorientado’, e sem soluções que não ‘bombear’ bola para a área: aos 70, Zomers apanhou uma e rematou com perigo, mas ao lado.
Aos 73 minutos, e sem que nada o fizesse prever, as suecas chegaram ao empate: na sequência de um canto, Ucheibe colocou desnecessariamente o braço na bola e Rubensson restabeleceu a igualdade de penálti, não dando hipóteses a Leticia.
O Benfica sentiu o golo, mas colocou-se, rapidamente, em busca do segundo, que Ana Vitória teve na cabeça (76 minutos), mas também apanhou sustos, em remates quase seguidos de Larsen e Mijatovic (87), após um mau atraso.
Nos descontos, as ‘encarnadas’ ganharam, no entanto, um livre no meio-campo adversário: Kika Nazareth bateu muito bem e, num ‘molho’ de jogadoras ‘encarnadas’, Catarina Amado apareceu a desviar e a dar um justo triunfo à equipa lusa.