O 68.º Grande Prémio de Macau arrancou hoje com treinos livres e qualificações, numa edição em participam apenas pilotos provenientes da China devido às restrições em vigor contra a covid-19.
A prova, que costuma ser internacional, conta com mais de 100 pilotos provenientes da China, Hong Kong e Macau, que vão participar nas seis corridas do programa.
O presidente do Instituto do Desporto de Macau, Pun Weng Kun, chegou a afirmar que alguns pilotos estrangeiros até queriam participar no Grande Prémio, mesmo tendo de cumprir pelo menos 21 dias de quarentena obrigatória, num hotel designado.
Contudo, as autoridades não aconselharam a vinda. “Para o ano”, frisou Pun Weng Kun.
Para este ano, o orçamento é de 170 milhões de patacas (18,2 milhões de euros), com o patrocínio das seis operadoras de jogo no território: Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy, Wynn, MGM, Sands China e Melco.
O programa de três dias, que permite a presença de público nas bancadas, conta com seis corridas: Grande Prémio de Macau Fórmula 4, Taça GT Macau, Corrida da Guia Macau, Taça de Carros de Turismo de Macau, Taça GT Grande Baía e Taça Porsche Carrera.
O público terá de usar máscara, manter o distanciamento social, medir a temperatura e apresentar o código de saúde à entrada no recinto.
Esta prova serve já para testar uma aplicação móvel, lançada na quinta-feira, de rastreio de percurso individual da população para sinalizar riscos associados à covid-19, cujo uso é, por enquanto, voluntário, antecipando-se que venha a ser obrigatório no futuro.
Com a aplicação será possível ler um código QR dos locais frequentados, sendo que, para já. Para já, os dados serão apenas guardados nos telemóveis de cada pessoa, durante 28 dias. A partilha dos dados com os Serviços de Saúde do território fica dependente da autorização do utilizador.
Macau registou apenas 77 casos desde o início da pandemia da covid-19 e continua a manter fortes restrições fronteiriças e a exigir quarentenas obrigatórias à entrada no território, que podem durar até 35 dias.
A covid-19 provocou pelo menos 5.122.682 mortes em todo o mundo, entre mais de 254,95 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.295 pessoas e foram contabilizados 1.115.080 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.