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CAN 2010: Estádio cheio para apoiar «Palancas» frente ao Malaui

A selecção angolana contará com o apoio de 50 000 pessoas no Estádio de Luanda, na quinta-feira, quando defrontar o surpreendente Malaui, na segunda jornada do grupo A da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2010).

Com efeito, o mal-estar entre o público angolano e os ''Palancas Negras'', verificado logo após o empate frente ao Mali (jogo no qual os angolanos consentiram quatro golos no espaço de 15 minutos), depressa se dissipou e os bilhetes para o segundo encontro dos anfitriões esgotaram-se em pouco tempo.

A inequívoca vitória do Malaui sobre os sempre favoritos argelinos (3-0), na segunda-feira, veio “espicaçar” o público angolano e a sua selecção, que tem agora de contar com um novo obstáculo, defrontar o até há pouco considerado o adversário mais fácil do grupo.

Os malavianos têm andado de “peito feito” desde a retumbante vitória sobre a Argélia e o seu seleccionador, Kinnah Phiri, lembrou ser chegada a altura da sua equipa ser levada a sério, após uma campanha de qualificação de grande sucesso e excelentes resultados em jogos de preparação nos últimos dois anos.

Para o público angolano, a reviravolta do resultado frente ao Mali (de 4-0 para 4-4 em apenas 15 minutos) foi difícil de digerir, mas, depois de um dia de recriminações e críticas aos jogadores e equipa técnica, voltou a criar-se uma onda de orgulho nacional e de apoio à equipa. Passou a mensagem de muitos comentadores de que “é também nos maus momentos que a equipa nacional precisa de apoio”.

Todos estes factores criaram um ambiente de “alta tensão” em vésperas do jogo Angola-Malaui.

Terça-feira, no Estádio do Inter de Luanda, onde os ''Palancas Negras'' treinam diariamente, verificou-se mesmo uma pequena escaramuça entre elementos da selecção do Malaui e as autoridades, quando, em resultado de um aparente desentendimento entre organizadores e responsáveis locais, o autocarro da selecção do Malaui foi direccionado para aquele recinto à hora em que os angolanos deveriam iniciar uma sessão de treino.

No parque de estacionamento do Interclubes (que pertence, de facto, à polícia angolana), os agentes de serviço proibiram a selecção malaviana de sair do autocarro, originando empurrões, puxões e uma grande troca de palavras, com alguns responsáveis técnicos do Malaui a acusarem os angolanos de “guerra psicológica” em preparação para o embate entre as duas selecções.

Com a mediação de coordenadores da CAF e a calma do presidente da federação do Malaui, o incidente foi sanado rapidamente, mas a tensão para o encontro de quinta-feira subiu consideravelmente.

Para o seleccionador de Angola, Manuel José, o facto dos ''Palancas Negras'' terem “banalizado” o forte Mali durante quase 80 minutos é razão suficiente para se considerar que a selecção anfitriã é capaz de lutar de igual para igual com qualquer equipa.

Para Manuel José, a falta de ritmo competitivo de muitos dos seus pupilos (alguns dos quais são suplentes nos seus clubes europeus e outros, como o capitão Kali, não têm mesmo clube), explica a quebra da equipa na recta final do encontro.

Mas, garante o técnico português, nada está perdido. E quinta-feira, no novo e belo estádio de Luanda, o ambiente estará, certamente, ao rubro.

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CAN

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