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CAF apoia Mundiais de futebol bienais, Infantino ataca Europa e América do Sul

A Confederação Africana de Futebol (CAF) apoiou hoje a ideia da FIFA de realizar Mundiais de dois em dois anos e o presidente do máximo organismo internacional do ‘desporto-rei’ criticou os dirigentes europeus e sul-americanos pelo seu ceticismo.

CAF apoia Mundiais de futebol bienais, Infantino ataca Europa e América do Sul
Futebol 365

A CAF, cuja Taça Africana das Nações é bienal, é a primeira confederação continental a aprovar, oficial e publicamente, a intenção da FIFA, que está a consultar as diversas partes envolvidas e a analisar a possibilidade de alterar a periodicidade dos Mundiais, até aqui de quatro em quatro anos.

O ítalo-suíço e líder da FIFA, Gianni Infantino, discursou na reunião das 54 federações nacionais africanas, no Cairo, defendendo que “os que estão contra são os que estão no topo”, ou seja, a UEFA e a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), que têm dominado os Mundiais desde sempre.

“Acontece em todos os setores, quando há reformas e mudanças. Aqueles que estão no topo querem que nada mude. Têm medo, talvez, que a mudança ponha em risco a sua posição de liderança”, afirmou.

As 21 finais de Mundiais desde a primeira edição, Uruguai1930, foram sempre protagonizadas por seleções nacionais da Europa ou da América do Sul. No Mundial Qatar2022, no próximo inverno, vão estar, pelo menos, 18 equipas europeias ou sul-americanas num total de 32 participantes.

A FIFA pretende ainda organizar torneios anuais de 48 seleções jovens, em vez dos Mundiais sub-20 e sub-17 de dois em dois anos, masculinos e femininos, segundo o antigo responsável técnico da França e do clube inglês Arsenal Arsène Wenger, atual diretor da FIFA para o desenvolvimento global.

Está convocada uma cimeira da FIFA (211 federações nacionais) para 20 de dezembro com o objetivo de analisar possíveis mudanças dos calendários competitivos, designadamente a possibilidade de concentrar num único mês a qualificação para o torneio final dos Mundiais seniores.

Tais mexidas, que a FIFA estima num acréscimo de receitas à volta dos três mil milhões de dólares (2,66 mil milhões de euros), só seriam feitas após o Mundial de 2026, a ser organizado conjuntamente por EUA, Canadá e México.

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