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Crónica: Sporting superior ao Benfica nos planos técnico, tático e de estratégia

O Sporting foi à Luz vencer o Benfica por 3-1, em jogo 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, no qual foi sempre a melhor equipa em campo, do ponto de vista tático, técnico e de estratégia.

Crónica: Sporting superior ao Benfica nos planos técnico, tático e de estratégia
Futebol 365

O segredo da vitória do Sporting esteve justamente na estratégia de jogo de Rúben Amorim, que anulou os principais pontos fortes do Benfica do ponto de vista ofensivo e que criou as condições para potenciar a enorme qualidade do seu trio atacante.

Sarabia (08 minutos), Paulinho (62) e Matheus Nunes (68) marcaram os golos dos 'leões', com Pizzi (90+6) a reduzir para o Benfica.

Desde logo, o Sporting abordou melhor o jogo do ponto de vista da atitude competitiva, quiçá com alguns excessos aqui e acolá, que valeram alguns cartões amarelos que podiam ter impedido a equipa de chegar ao fim do jogo com os 11 jogadores.

A equipa entrou muito motivada e confiante, e isso também é mérito do seu treinador, que conseguiu anular as principais ameaças do Benfica, em particular de Rafa, que passou ao lado do jogo, e ao mesmo tempo ser letal nas transições ofensivas.

Com exceção dos primeiros 10, 15 minutos, já depois de Pablo Sarabia ter inaugurado o marcador, aos oito minutos, após cruzamento perfeito de Pote, em que a equipa permitiu que Grimaldo surgisse várias vezes solto sobre o flanco esquerdo, situação que seria corrigida com o posicionamento de Porro, o Sporting controlou o jogo e foi sempre a equipa mais perigosa através das suas rápidas transições.

A verdade é que Rafa nunca encontrou o seu espaço para criar desequilíbrios, nem pelo meio, onde começou, atrás de Darwin e de Everton, que encostava em Neto, nem pela direita, onde nunca se entendeu com Valentino Lázaro, que foi uma aposta totalmente falhada de Jorge Jesus, tal como a que fez para o onze inicial do extremo brasileiro, que fez uma primeira parte de total desacerto.

Com Rafa condicionado, marcado apenas à zona, a equipa do Benfica ficou muito dependente de João Mário na sua organização ofensiva, porque Weigl nunca se atreveu a subir muito por causa da capacidade que o Sporting revelou, quando recuperava a bola, para se projetar para o contra-ataque, com a qualidade dos três jogadores que tem na frente, em particular Pedro Gonçalves e Sarabia.

O trio atacante do Sporting pressionava os três centrais do Benfica e Weigl nunca ousou subir muito, pelo que a tarefa de transportar jogo caiu toda em cima de João Mário, que tinha, à vez, Ugarte e Matheus Nunes a pisar-lhe os calcanhares, com a agravante do Benfica só conseguir canalizar jogo por uma das alas (nos primeiros 20 minutos), a esquerda, visto que na direita nem Valentino Lázaro nem Rafa estavam a conseguir fazê-lo.

O desacerto de Everton não tardou também a comprometer a fluidez do flanco esquerdo, deixando Darwin entalado entre os centrais do Sporting, raramente conseguindo movimentos de rutura que pudessem colocar a baliza de Ádan em risco.

Por outro lado, o Benfica sentiu grandes dificuldades para travar as transições ofensivas do Sporting, quase sempre originadas no corredor central, com as acelerações de Matheus Nunes a ‘queimarem linhas’ e a levar a bola para o seu trio da frente, surgindo de frente com a bola dominada para Weigl e para os centrais do Benfica, preocupado com as movimentações de Pote, Sarabia e Paulinho.

O Sporting raramente optou por fazer jogo direto, foi uma opção estratégica, o que criou grandes dificuldades aos três centrais do Benfica, nenhum deles rápido, e que levavam de frente com os avançados leoninos, com a bola dominada, porque no início das jogadas a reação à perda da dita era muito ténue, faltando sempre agressividade, que não é um atributo, como se sabe, de Rafa, João Mário ou mesmo Weigl.

A vantagem de um golo era lisonjeira para o Benfica ao intervalo (Pedro Gonçalves atirou uma bola ao poste e Paulinho viu um golo não ser sancionado por um fora de jogo), por isso Jorge Jesus tinha de mexer, sacrificando Valentino Lázaro e lançando Yaremchuk para o ataque, ao lado de Darwin, derivando Everton para a direita, abrindo Grimaldo mais ainda à esquerda, e colocando Rafa meio vagabundo entre os dois avançados do Benfica.

Essas alterações criaram alguns problemas à defesa do Sporting, que foi obrigada a ajustar-se, quando surge uma fase crucial da partida, aos 60 minutos, com Darwin a cabecear ao poste o que seria o 1-1, e João Mário, aos 62, a falhar o golo em posição privilegiada na área, rematando frouxo para as mãos de Adán, e na jogada subsequente os leões chegam aos 2-0.

Aos 62 minutos, Matheus Nunes arrancou com a bola dominada e fez uma assistência para a desmarcação de Paulinho, numa diagonal, que bateu Vlachodimos, e seis minutos depois ‘meteu o turbo’ e na cara do guarda-redes do Benfica colocou o Sporting a vencer por 3-0, dando o ‘xeque-mate’ nos encarnados.

O Benfica ainda conseguiu reduzir aos 90+6 minutos, com um excelente remate cruzado de Pizzi, entretanto lançado em campo por Jorge Jesus, mas o terceiro golo foi a ‘machadada’ final nas aspirações do Benfica evitar a derrota, pese embora o brio com que procurou chegar ao golo de honra no último quarto de hora.

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