A incidência de covid-19 em Espanha aumentou hoje para 305,6 casos por 100.000 habitantes, o que coloca o país em “risco alto” de contágios, tendo a pressão hospitalar nas unidades de cuidados intensivos alcançado os 11,30%.
Segundo a atualização do Ministério da Saúde espanhol, o indicador da velocidade de transmissão da doença subiu mais de 15 pontos desde terça-feira, de 290,1 casos para 305,6 por cada 100.000 habitantes diagnosticados nos últimos 14 dias.
Na quarta-feira foi feriado nacional em Espanha (Imaculada Conceição), não tendo sido feita a habitual atualização dos dados.
Apesar de estar a subir desde há várias semanas, a incidência acumulada em Espanha ainda é inferior à dos países vizinhos - Portugal (463,3) ou França (844,1) -, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
De acordo com os critérios utilizados em Espanha, o "risco baixo" está entre 50 e 100 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, o "médio" entre 100 e 300 casos, o "alto" de 300 a 500 e o "muito alto" ou “extremo” a partir de 500.
Por outro lado, o país registou 26.412 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 nos últimos dois dias, tendo os serviços de saúde notificado mais 84 mortes atribuídas à doença durante o mesmo período.
O número total de casos notificados em Espanha desde o início da pandemia é de 5.273.178 e já morreram 88.321 pessoas devido à doença covid-19.
Nas últimas 24 horas, deram entrada nos hospitais de todo o país 624 pessoas com covid-19 e o número de doentes hospitalizados subiu para 5.479 (eram 5.067 na terça-feira), o que corresponde a 4,41% das camas ocupadas.
Destes, 1.041 estão em unidades de cuidados intensivos (948 na terça-feira), ocupando 11,30% das camas desses serviços.
O Ministério da Saúde espanhol também informou hoje que 37,68 milhões de pessoas já estão totalmente vacinadas contra a covid-19 (89,5% da população alvo), e 38,47 milhões têm pelo menos uma das doses do fármaco (91,3%).
Em 15 de dezembro vai arrancar em Espanha a campanha de vacinação das crianças dos cinco aos 11 anos contra a covid-19, que receberão a sua primeira dose da Pfizer nas escolas, centros de vacinação, centros de saúde e hospitais, dependendo da comunidade autónoma em que se encontram, seguida de uma segunda dose separada por um intervalo de oito semanas.
A Comissão de Saúde Pública e as comunidades autónomas do país deram luz verde esta semana à vacinação das mais de 3,2 milhões de crianças deste grupo etário, que tem atualmente a maior taxa de incidência de contágio - mais de 400 casos por 100.000 habitantes - para "reduzir o peso da doença neste grupo e a transmissão no ambiente familiar, nas escolas e na comunidade".
A covid-19 provocou pelo menos 5.278.777 mortes em todo o mundo, entre mais de 267,22 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.610 pessoas e foram contabilizados 1.181.294 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.