Os dois protestos apresentados pela Mercedes após o Grande Prémio de Abu Dhabi de Fórmula 1, ganho pelo holandês Max Verstappen, foram indeferidos pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).
Em causa estava uma situação de Safety Car, que durou da volta 53 à 57 (e penúltima) e que deixou Max Verstappen colado ao britânico Lewis Hamilton (Mercedes) à entrada para a derradeira volta da corrida, quando antes o britânico tinha 11 segundos de vantagem.
Tendo aproveitado a entrada do Safety Car para montar pneus macios, Verstappen acabou por ultrapassar o britânico e conquistar, pela primeira vez, o título mundial de pilotos.
Ainda assim, a Mercedes vai recorrer para o Tribunal Arbitral Internacional.
Lewis Hamilton deixou o circuito sem participar na conferência de imprensa final do evento, enquanto Verstappen disse que este protesto “mancha um pouco a época”.
A Mercedes invocou o artigo 48.12 do regulamento desportivo da FIA, que estabelece que os carros dobrados podem ultrapassar o líder e o Safety Car, que regressará às boxes “no final da volta seguinte”.
Uma vez que a volta seguinte seria a última da corrida, e por haver “há muito o entendimento de que, preferencialmente, as corridas devem terminar com bandeira verde [sem o Safety Car em pista]”, os comissários decidiram recusar o protesto da equipa germânica, apesar de admitirem que o artigo “não foi cumprido na íntegra”.
Caso tivesse tido provimento o protesto da Mercedes, a classificação oficial seria a da volta 57, penúltima da corrida.
Os comissários entenderam que isso seria “encurtar a corrida à posteriori”, pelo que não deram provimento às alegações da Mercedes.
Também um outro protesto da equipa de Hamilton, alegando que Max Verstappen tinha ultrapassado o piloto britânico numa situação indevida [com a corrida ainda em modo de Safety Car] foi considerado improcedente.
Desta forma, está confirmado o primeiro título da carreira de Max Verstappen, que disse ter cumprido “um sonho de criança”.
O piloto holandês e o seu pai foram mesmo abraçados, no final, pelo pai de Lewis Hamilton, que se dirigiu às boxes da Red Bull depois de ter reconfortado o filho com um longo abraço.