O Governo da Nova Zelândia disse hoje que vai adiar até ao final de fevereiro o plano de reabertura das fronteiras sem quarentena devido à rápida propagação da variante Ómicron noutros países.
O país oceânico, que manteve baixo o número de infeções e mortes com o vírus e implementou uma das políticas mais duras do mundo durante a pandemia, tinha planeado permitir a entrada sem quarentena de neozelandeses vacinados e residentes australianos a partir de meados de janeiro.
Chris Hipkins, o ministro da resposta à covid-19, argumentou numa declaração que a decisão se destinava a "travar a rápida propagação”
"Não há dúvida de que isto é uma desilusão e irá perturbar os planos de férias de muitas pessoas, mas é importante pôr estas mudanças em prática hoje para que (os viajantes) possam considerar os seus planos a tempo", disse Hipkins, sublinhando que a política é "absolutamente necessária" para continuar a proteger as pessoas.
Embora o ministro não tenha feito qualquer menção aos viajantes do resto do mundo, que ainda se espera que possam entrar no país sem quarentena a partir de meados de abril, presume-se que estas novas medidas acabarão por afetar também os planos anteriormente anunciados.
A Nova Zelândia anunciou também que está a alargar as quarentenas à entrada no país de sete para 10 dias.
Desde o início da pandemia, a Nova Zelândia acumulou 13.495 casos confirmados de covid-19, incluindo 49 mortes.
A Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.796 pessoas e foram contabilizados 1.227.854 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.