João de Deus: «Aqueles dois golos iniciais criaram-no alguma instabilidade»

"A análise que se pode fazer é que entrámos mal, sofremos dois golos muito cedo e de bola parada, em jogadas em que habitualmente somos competentes, que sistematizamos muito. Hoje, infelizmente, sofremos, num lançamento lateral e num canto.

Animicamente, isso implicou uma quebra. Tivemos dificuldade em equilibrar a equipa no momento da perda de bola, o que fez com que o FC Porto ganhasse supremacia.

Na segunda parte, foi diferente, devido ao facto de termos um jogador a mais. Instalámo-nos no meio-campo adversário, atacando especialmente pelo corredor esquerdo, mas não conseguimos, ainda assim, claras ocasiões de golo, mérito do adversário, que se fechou bem.

Aqueles dois golos iniciais criaram-no alguma instabilidade, esse início menos conseguido fez-nos abanar um pouco. Não tem nada a ver com o que se passa fora do campo [interesse do Flamengo no treinador do Benfica, Jorge Jesus].

O FC Porto entrou melhor e conseguiu os golos em situações em que habitualmente somos competentes.

[Dentro de uma semana, no jogo do campeonato, novamente no Dragão] Temos a possibilidade de nos redimirmos deste jogo menos conseguido. É isso que vamos fazer. Melhorar, preparar melhor e dar uma resposta diferente. Ganhar.

Não fomos surpreendidos pela entrada do FC Porto, que já sabíamos que era forte nos lançamentos laterais e nos cantos, pois estudámos a mais-valia do adversário nestes lances específicos.

Perdemos um jogo. É verdade que estamos muito tristes e muito frustrados, mas não vivemos de estados de espírito, mas do trabalho, de melhorar a cada dia. Posso-lhe responder, digo que sim [que vamos cumprir o contrato com o Benfica até final].

Na segunda parte fomos à procura onde havia espaço. Se estávamos a conseguir entrar pelo corredor esquerdo, foi por aí que desenvolvemos os nossos ataques. Não conseguimos criar perigo, mas não foi só demérito nosso, foi também mérito do adversário".