A Alemanha inicia o ano com uma elevada incidência de casos de infeção pelo terceiro dia consecutivo, mas o ministro da Saúde considera que o país já vê a "luz no fim do túnel" no controlo da pandemia.
Segundo os dados oficiais, a incidência cumulativa está hoje nas 220,3 novas infeções pelo coronavírus por 100 mil habitantes a sete dias, valor mais elevado do que as 214,9 de sexta-feira, mas inferior às 452,4 de 29 de novembro, o máximo registado desde o início da pandemia.
Segundo as autoridades de saúde alemães, nas últimas 24 horas foram registadas 26.392 novas infeções e 184 mortes – há uma semana foram notificados 22.214 casos e 157 óbitos -, enquanto o número de casos ativos é de cerca de 646.400, de acordo com dados mais recentes do Instituto Robert Koch (RKI).
O RKI alerta, porém, que os dados podem estar incompletos devido à menor atividade de testagem e de notificação durante os períodos de Natal e de Ano Novo.
De acordo com o relatório do RKI, a taxa acumulada de internamentos a sete dias é de 3,15 por 100 mil habitantes e a ocupação de cuidados intensivos de doentes com covid-19 é de 19% das camas disponíveis nestas unidades para a população adulta.
Até sexta-feira, 74,2% da população (61,7 milhões de pessoas) tinha sido vacinada na Alemanha, 71,2% (59,2 milhões) com o esquema completo, enquanto 38,7% (32,2 milhões) já recebeu a dose de reforço da imunização contra o coronavírus.
Numa mensagem por vídeo no último dia do ano, o ministro da Saúde alemão mostrou-se otimista sobre o controlo da pandemia em 2022, considerando ser possível ver a "luz no fim do túnel", dada a possibilidade de o coronavírus passar a ser endémico.
Karl Lauterbach salientou que a Ómicron representa novamente um desafio, mas ressalvou que os dados científicos parecem indicar que essa variante é menos perigosa do que a Delta, pelo menos para as pessoas imunizadas contra o SARS-CoV-2.
A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.